como dói ser
ignorante como eu
sou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008

o meu teatro está caucado na teoria do teatro-pós dramático que observa o ator em cena dentro de um panorama de riqueza de linguagens abordando assim diferentes vertentes de dramatização sem ou com texto sem ou com trilha sem ou com teatro
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
entre mortos e feridos
poemas rotos ou ferinos
anúncios de bares sujos ou grã-finos
blogs cult ou maltrapilhos
quero mesmo é ouvir os
meus ouvidos
saber o que eles dizem
sobre toda a sorte de poesia
ler o que eles leram
na grande sabedoria
atuar como eles atuam
na perfeita dramaturgia
e ao final do dia
quando eu estiver mais informado
vou pisar os pés pesados
numa calçada qualquer de Curitiba
pra ver se encontro um amigo
daqueles da antiga
que me acompanhe
numa conversa camarada
regada à muita água
quero parar de beber o álcool
que me deixa delirante
porque dia 21 tem estréia no palco
e preciso mesmo é estar confiante
by cláudio bettega, em 13.11.2008
poemas rotos ou ferinos
anúncios de bares sujos ou grã-finos
blogs cult ou maltrapilhos
quero mesmo é ouvir os
meus ouvidos
saber o que eles dizem
sobre toda a sorte de poesia
ler o que eles leram
na grande sabedoria
atuar como eles atuam
na perfeita dramaturgia
e ao final do dia
quando eu estiver mais informado
vou pisar os pés pesados
numa calçada qualquer de Curitiba
pra ver se encontro um amigo
daqueles da antiga
que me acompanhe
numa conversa camarada
regada à muita água
quero parar de beber o álcool
que me deixa delirante
porque dia 21 tem estréia no palco
e preciso mesmo é estar confiante
by cláudio bettega, em 13.11.2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Cláudio em Cena
“Por Trás Todo Mundo é Igual”
Os mitos greco-romanos e suas histórias permeiam há muito o imaginário do ser humano. Até mesmo Sigmund Freud utilizou-se de alguns deles para nominar em seus estudos determinados comportamentos de nossa mente. Pensando nisto, o grupo de teatro TODOMUNDONU trouxe alguns desses mitos para o teatro Pé no Palco, com a direção e supervisão de Alexandre Bonin.
Serão dez mitos encenados de acordo com a criatividade dos atores, que tiveram liberdade para formularem suas cenas. O objetivo foi redimensionar a característica do mito para a existência contemporânea e diária do homem – cada ator pesquisou ao extremo seu mito, tentando avaliar como seria de fato uma figura mítica se comportando como um ser “normal”.
A montagem promete ainda surpresas no Pé no Palco, ambientando cenas em espaços e situações inusitadas, hora com drama, hora com humor. O espetáculo parte ano que vem para o Festival de Curitiba.
O grupo TODOMUNDONU tem três anos de vida e já conta com quase todos os seus integrantes profissionalizados. A primeira montagem foi a peça “Opus”, grande sensação da temporada do Pé no Palco em 2006, que voltou ao cartaz em 2007 e chegou a ganhar o festival de Colombo nas categorias melhor direção e espetáculo. A peça – com texto de autoria do diretor Alexandre Bonin – alinhavava personagens do imaginário de Raul Seixas e suas músicas, chegando a ter a capacidade máxima de público em boa parte das suas apresentações.
No final de 2007, o grupo debruçou-se sobre a obra de João Gilberto Noll, utilizando-se de alguns contos curtos do autor para elaborar o espetáculo “Mínimos Múltiplos Comuns”, que teve grande repercussão tanto no espaço Pé no Palco quanto também no Festival de Curitiba deste ano.
Serviço: “Por Trás Todo Mundo é Igual”
Dias 21,22,28,29 de novembro e 5,6 de dezembro
20 reais e 10(meia entrada)
Pé no Palco: Rua Conselheiro Dantas, 20
Bairro: Rebouças
Os mitos greco-romanos e suas histórias permeiam há muito o imaginário do ser humano. Até mesmo Sigmund Freud utilizou-se de alguns deles para nominar em seus estudos determinados comportamentos de nossa mente. Pensando nisto, o grupo de teatro TODOMUNDONU trouxe alguns desses mitos para o teatro Pé no Palco, com a direção e supervisão de Alexandre Bonin.
Serão dez mitos encenados de acordo com a criatividade dos atores, que tiveram liberdade para formularem suas cenas. O objetivo foi redimensionar a característica do mito para a existência contemporânea e diária do homem – cada ator pesquisou ao extremo seu mito, tentando avaliar como seria de fato uma figura mítica se comportando como um ser “normal”.
A montagem promete ainda surpresas no Pé no Palco, ambientando cenas em espaços e situações inusitadas, hora com drama, hora com humor. O espetáculo parte ano que vem para o Festival de Curitiba.
O grupo TODOMUNDONU tem três anos de vida e já conta com quase todos os seus integrantes profissionalizados. A primeira montagem foi a peça “Opus”, grande sensação da temporada do Pé no Palco em 2006, que voltou ao cartaz em 2007 e chegou a ganhar o festival de Colombo nas categorias melhor direção e espetáculo. A peça – com texto de autoria do diretor Alexandre Bonin – alinhavava personagens do imaginário de Raul Seixas e suas músicas, chegando a ter a capacidade máxima de público em boa parte das suas apresentações.
No final de 2007, o grupo debruçou-se sobre a obra de João Gilberto Noll, utilizando-se de alguns contos curtos do autor para elaborar o espetáculo “Mínimos Múltiplos Comuns”, que teve grande repercussão tanto no espaço Pé no Palco quanto também no Festival de Curitiba deste ano.
Serviço: “Por Trás Todo Mundo é Igual”
Dias 21,22,28,29 de novembro e 5,6 de dezembro
20 reais e 10(meia entrada)
Pé no Palco: Rua Conselheiro Dantas, 20
Bairro: Rebouças
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Dentro do silêncio
procuro o perdido
tempo
que me faltou
em tempos idos.
Meus olhos
tentam penetrar o
escuro e meus pés,
combalidos,
querem o descanso
merecido.
Me desanimo por
nada encontrar,
solto um grito
indefinido
quebrando o silêncio,
que faz do meu
tempo perdido
um tesouro
protegido.
by cláudio bettega, em 26.12.2006
procuro o perdido
tempo
que me faltou
em tempos idos.
Meus olhos
tentam penetrar o
escuro e meus pés,
combalidos,
querem o descanso
merecido.
Me desanimo por
nada encontrar,
solto um grito
indefinido
quebrando o silêncio,
que faz do meu
tempo perdido
um tesouro
protegido.
by cláudio bettega, em 26.12.2006
terça-feira, 28 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Abstrato ser, te idolatro no amanhecer, durante o dia todo e te amo mais no anoitecer. Sua força me mantém vivo, tu és o sol que eu persigo e a lua que quero comigo. Quanto mais te venero, mais me sinto algo vero, mais saio da fluidez e atinjo a rigidez. Meus veios de caminho são encostas do teu carinho, me prego nas tuas costas e não me sinto mais sozinho.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Leva contigo a última palavra
Do amor e magia que te dei dia a dia
Meu consolo é a voz que tu gravas
Neste último momento da nossa alegria.
Ficarei eu aqui, trôpego, a declarar meu desencanto
Aos ventos e poeiras e samambaias e ventarolas
Poeta perdido, armarei meu canto
A fim de declamá-lo na última marola.
Mas se quiseres novamente receber meu carinho
Terás que provar que não estás avessa
A ficar aqui no nosso ninho
E viver o amor dos pés à cabeça.
Desertora que te mostras agora
Penso, no entanto, que nada mais queres
A não ser tomar o rumo de fora
Deste casulo encantado que envolveu nossos seres.
by cláudio bettega, em 21.07.2005
Do amor e magia que te dei dia a dia
Meu consolo é a voz que tu gravas
Neste último momento da nossa alegria.
Ficarei eu aqui, trôpego, a declarar meu desencanto
Aos ventos e poeiras e samambaias e ventarolas
Poeta perdido, armarei meu canto
A fim de declamá-lo na última marola.
Mas se quiseres novamente receber meu carinho
Terás que provar que não estás avessa
A ficar aqui no nosso ninho
E viver o amor dos pés à cabeça.
Desertora que te mostras agora
Penso, no entanto, que nada mais queres
A não ser tomar o rumo de fora
Deste casulo encantado que envolveu nossos seres.
by cláudio bettega, em 21.07.2005
terça-feira, 14 de outubro de 2008
chegou o calor à nossa primavera
quero inebriar-me de pomos suculentos
e colher ipês amarelos em praças e avenidas
o suor de cada êxtase, de cada transe
é um convite a um gole refrescante de envolvimento
não preciso mais dos dias gelados da minha gélida urbe
agora vou curtir teatro até o final de novembro
pisar o pé no palco, no tablado encantado
trabalhar o ator do ator em mim
apreciar meus companheiros, meus colegas de sonhos
na lida abençoada e poética da nossa vida
e agradecer ao público a doce acolhida
by cláudio bettega, em 14.10.2008
quero inebriar-me de pomos suculentos
e colher ipês amarelos em praças e avenidas
o suor de cada êxtase, de cada transe
é um convite a um gole refrescante de envolvimento
não preciso mais dos dias gelados da minha gélida urbe
agora vou curtir teatro até o final de novembro
pisar o pé no palco, no tablado encantado
trabalhar o ator do ator em mim
apreciar meus companheiros, meus colegas de sonhos
na lida abençoada e poética da nossa vida
e agradecer ao público a doce acolhida
by cláudio bettega, em 14.10.2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Não quero mais que você me veja
na companhia de um copo de cerveja
sou mais que isso
tenho mais substância
embora esteja perdido na inconstância
Minha vida tomou rumos estranhos
e não sei quais são os verdadeiros ganhos
que possam me submeter
à uma escalada para reverter
o quadro marginal
Mas vou por aí,
tentando fazer pelas estradas
alguma poesia original
by cláudio bettega, em 10.10.2008
na companhia de um copo de cerveja
sou mais que isso
tenho mais substância
embora esteja perdido na inconstância
Minha vida tomou rumos estranhos
e não sei quais são os verdadeiros ganhos
que possam me submeter
à uma escalada para reverter
o quadro marginal
Mas vou por aí,
tentando fazer pelas estradas
alguma poesia original
by cláudio bettega, em 10.10.2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
pouso a mão sobre teus pêlos
eriçadas vertentes de desejo
o arrepio corresponde a meus apelos
encantamo-nos sôfregos num doce beijo
a noite ecoa nossos berros
de tesão e força e comunhão
galopes, estocadas, amplidão
o mel de humores nos deleita
dormimos abraçados e apaixonados
mas com alguns latejos à espreita
by cláudio bettega, em 17.09.2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Momento Jet Set

Esse é seu Laudelindo Silva. Ele é um dos muitos brasileiros que progrediram no ano passado, diversificando seus negócios, em decorrência das mudanças substanciais empreendidas pelo governo Lula. Seu Laudelindo trabalha como carrinheiro e catava apenas papelão usado nas imediações de lojas no bairro Rebouças, próximo à Vila das Torres, onde mora em Curitiba. Mas o negócio estava dando algum prejuízo porque papelão molha fácil. Então, seu Laudelindo aumentou um pouco sua área geográfica de trabalho, carregando seu carrinho até bairros nobres da capital paranaense, nos quais encontra muitas latinhas de refrigerante e cerveja em lixeiras ou, em sua maioria, nas calçadas (o Curitibano é um povo muito educado). Apesar da lei seca, a quantidade só tem aumentado. Com a transferência de renda e nosso maravilhoso mundo publicitário, pessoas mais aquinhoadas bebem mais refrigerantes, cerveja etc. Juntando 160 latinhas, seu Laudelindo forma um quilo, e por ele ganha 2 reais.
Mas os progressos na qualidade de vida de seu Laudelindo não param por aí. Ele tinha uma dieta apenas à base de carboidratos – comia restos de uma Risoteria perto de casa. Mas como agora ele caminha por bairros nobres, encontra muita carne em lixos de restaurantes refinados, que têm movimento cada vez maior. Assim, seu Laudelindo faz um equilíbrio melhor entre carboidratos e proteínas.
Ouvido pela nossa reportagem, seu Laudelindo se julga um brasileiro consciente de seu papel na maravilhosa economia informal que cresce como enchente no Brasil, dando mostras que é possível, em nosso novo país, enriquecer sem pagar impostos. E provando que as políticas públicas estão dando muito resultado. Bola branca para o governo Lula.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
A última neblina da manhã
se apaga
com o sol da realidade
que me esmaga.
Colho uma rosa
esperança rubra
que não paga
nenhum gole cínico
nenhum movimento mórbido.
Zanzeio pelas pragas
órbitas
paragens
e súbito vejo
que novamente anoitece
– rua iluminada
pela lua
que me padece.
Administro novas chagas
num sonho coalhado
de frias
imagens.
by cláudio bettega, em 21.22.26/08/2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Poema da amiga Lívia Moura
CRÔNICA POÉTICA
Sabe quando dói no peito e
não tem jeito de suportar?!
É essa a falta que você me faz.
Pois fiquemos nos nossos
encontros de alma, para que,
quando nos vermos seja
completa a dualidade...
E toda essa saudade que
aflige, só ela permite
o poeta falar.
Eu quero corpo e alma.
No corpo, a paixão impera.
Na alma o amor vive...
Mesmo que indefinido,
já é forte...
É tudo o que eu sinto,
mas o que ainda
não tem nome.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
terça-feira, 22 de julho de 2008
CAFAJESTE, by bettega
Por que será que as mulheres gostam tanto de cafajeste? O que tem nessa figura tão questionável que deixa uma fêmea em estado latejante, provocando a vazão de seus ácidos que serão lavados depois em baixo da ducha?
Iara, 33 anos. Conheceu Gomes num site de relacionamentos. Conversa vai, conversa vem no msn, Iara recebeu o impulso para seu furor: sou casado.
“Ai. Que cafajeste! Que faz num site de relacionamentos? Procurando mais alguma vagabunda, não está satisfeito com a bosta com que casou?”
Iara queria porque queria ver a foto do desgraçado. Pediu mandar no e-mail.
“Nossa, que lindo. Será ele mesmo? Ai, um tapa dessa mão na minha bunda... no meu rosto, ai! Não quero nem pensar. Isso, pensar não. Quero mais é receber!!”
Resolveu marcar encontro. Cafezinho no centro, quem sabe. Gomes relutou, muito ocupado, talvez semana que vem. Iara foi latejando cada vez mais.
“Sim, homem como esse não dispenso, amiga. Imagine, casado, 44 anos, disse que dois filhos, um menino e uma menina. 44 anos!!!! Totalmente dentro da saúde!!”
Finalmente chegou o dia. Foi com um amigo. Propôs, sem delongas, ménage a trois. Iara enlouqueceu por dentro. Sua calcinha ficou úmidíssima. Mas interpretou indignação. “Pensam que sou o quê?”
“Não pensamos, sabemos o que você é.” Desenhou no ar a mão pronta para o tapa. A mão de Gomes evitou o movimento num aperto. Ela quase resfolegou de tesão. Aquela mão suada, enorme, agarrando seus delicados dedos que tanto a enlouqueciam na eventual intimidade solitária
“Me solta, seu... seu...”
“Diga, isso, diga: cafajeste! Ca-fa-jes-te”
Iara não conseguiu evitar a saliva que escorreu pelo canto da boca trêmula. Foram os três para um Motel na Saldanha Marinho.
“Quatro horas, seis camisinhas.”
Dia seguinte, ainda cansada, Iara encontra a confidente. Diz que ficou louca, não conseguia parar de gozar. Paus enormes, posições todas as possíveis, habilidades únicas. Que marcaram mais pra terça-feira às duas da tarde.
“Quero ir junto.”
Foram os quatro para o mesmo Motel, agora seis horas e doze camisinhas.
Bateram na porta. Muitos berros, incômodo. As duas puseram lençóis na boca. E começaram a mais cavalgar e abrir as pernas a levar dedadas linguadas estocadas loucas ficaram ai meu amor vocês são doidos vem cá Iara quero te lamber também lésbica eu não sabia era sou sim e você é meu tesão ai pintão isso no fundo me tira gosma do cu vídeo? pra quê só vocês nos destroem Iara que buceta doce é tua amor depois te quero ali no banheiro ai ai ai ai mais mais mais...
Iara e a confidente, agora namorada, entraram juntas na internet. Dedo na tecla, dedo nas bucetas, chupa daqui, acha homem gostoso dali, foram fazendo amigos e tinham encontros saudáveis todas as semanas e mais se davam no Motel da Saldanha agora com descontos pro quarto (sempre o mesmo) e fornecimento de graça das camisinhas.
Iara, 33 anos. Conheceu Gomes num site de relacionamentos. Conversa vai, conversa vem no msn, Iara recebeu o impulso para seu furor: sou casado.
“Ai. Que cafajeste! Que faz num site de relacionamentos? Procurando mais alguma vagabunda, não está satisfeito com a bosta com que casou?”
Iara queria porque queria ver a foto do desgraçado. Pediu mandar no e-mail.
“Nossa, que lindo. Será ele mesmo? Ai, um tapa dessa mão na minha bunda... no meu rosto, ai! Não quero nem pensar. Isso, pensar não. Quero mais é receber!!”
Resolveu marcar encontro. Cafezinho no centro, quem sabe. Gomes relutou, muito ocupado, talvez semana que vem. Iara foi latejando cada vez mais.
“Sim, homem como esse não dispenso, amiga. Imagine, casado, 44 anos, disse que dois filhos, um menino e uma menina. 44 anos!!!! Totalmente dentro da saúde!!”
Finalmente chegou o dia. Foi com um amigo. Propôs, sem delongas, ménage a trois. Iara enlouqueceu por dentro. Sua calcinha ficou úmidíssima. Mas interpretou indignação. “Pensam que sou o quê?”
“Não pensamos, sabemos o que você é.” Desenhou no ar a mão pronta para o tapa. A mão de Gomes evitou o movimento num aperto. Ela quase resfolegou de tesão. Aquela mão suada, enorme, agarrando seus delicados dedos que tanto a enlouqueciam na eventual intimidade solitária
“Me solta, seu... seu...”
“Diga, isso, diga: cafajeste! Ca-fa-jes-te”
Iara não conseguiu evitar a saliva que escorreu pelo canto da boca trêmula. Foram os três para um Motel na Saldanha Marinho.
“Quatro horas, seis camisinhas.”
Dia seguinte, ainda cansada, Iara encontra a confidente. Diz que ficou louca, não conseguia parar de gozar. Paus enormes, posições todas as possíveis, habilidades únicas. Que marcaram mais pra terça-feira às duas da tarde.
“Quero ir junto.”
Foram os quatro para o mesmo Motel, agora seis horas e doze camisinhas.
Bateram na porta. Muitos berros, incômodo. As duas puseram lençóis na boca. E começaram a mais cavalgar e abrir as pernas a levar dedadas linguadas estocadas loucas ficaram ai meu amor vocês são doidos vem cá Iara quero te lamber também lésbica eu não sabia era sou sim e você é meu tesão ai pintão isso no fundo me tira gosma do cu vídeo? pra quê só vocês nos destroem Iara que buceta doce é tua amor depois te quero ali no banheiro ai ai ai ai mais mais mais...
Iara e a confidente, agora namorada, entraram juntas na internet. Dedo na tecla, dedo nas bucetas, chupa daqui, acha homem gostoso dali, foram fazendo amigos e tinham encontros saudáveis todas as semanas e mais se davam no Motel da Saldanha agora com descontos pro quarto (sempre o mesmo) e fornecimento de graça das camisinhas.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
poemas do brother João Kosak
Se essa rua fosse minha
Admiraste o fato
Que de um beijo
Um agrado,
Pronunciaste mais um ato.
Como ilusão perdida,
como o nú na relva
Conheceste vida,
E entranha-se como ar
Pois propósito fajuto
O nojo para amar,
E quem ousaria e diria
Mesmo de mentira
Que raiaste o dia?
Contudo,
Nem mente insana
Nem homem de fossa e lama
Lhe anunciaria tal absurdo.
E se este é teu,teu sonho!
Agarra- te a ele
Até se perder,
Até... me perder.
Emocionado e emocionante
Rubro amor despercebido
Onde chora o amante
Acre o gosto da discórdia
Ignorância retumbante.
Rica mente chorosaque edifica mirabolâncias
Que bate no peito
Causando- me ânsias.
Trago boas novas:
No seio da mentira
Erradicou- se as mentes nossas.
Trago boas novas:
Que nessa discussão de pessoas
Prefiro parar, e falar com rosas.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
eu precisava ver você agora
eu queria uma bebida forte
e um pouco de sorte
para entender porque a paz foi embora
você some e me some
essa distância me consome
meu pensamentos se alvoroçam
minhas emoções se despedaçam
cada latido de um cão
perdido
é parecido com meu
gemido
minha força já se esvaiu
minha pressão caiu
meus sonhos não sonham mais
nem eu mais conto carneirinhos
para dormir
a realidade por si só
me anestesia
encontro apenas um copo
na madrugada vazia
by cláudio bettega, em 21.08.2005
eu queria uma bebida forte
e um pouco de sorte
para entender porque a paz foi embora
você some e me some
essa distância me consome
meu pensamentos se alvoroçam
minhas emoções se despedaçam
cada latido de um cão
perdido
é parecido com meu
gemido
minha força já se esvaiu
minha pressão caiu
meus sonhos não sonham mais
nem eu mais conto carneirinhos
para dormir
a realidade por si só
me anestesia
encontro apenas um copo
na madrugada vazia
by cláudio bettega, em 21.08.2005
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Quero que entendas, meu amor, que a mim não me interessa tostão, muito menos um rico quinhão; só quero a poesia incrustrada nos genes do espírito celular. Quero a sabedoria envolvendo nossos corpos, nossas almas, nossa lida, nossa vida. Quero o amor perfeito, elevado à condição de, do bolo, o mais nobre confeito. Enfeito-te com palavras, enfeitas-me com beijos e delícias – juntos somos uma troca infinda de delicadas carícias.
by cláudio bettega, em tempos idos
by cláudio bettega, em tempos idos
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Em estrelas diversas, pedaços do meu corpo, em versos, se espalham pelo universo. Meus músculos latejam o latejo da criação inversa ao bombar do sangue imerso em glóbulos de paixão. Quero percorrer todas as quadraturas da poesia fecunda que se possa imaginar. Atingir a semiótica dor do desespero apegado ao primeiro obstáculo que me fascine as tentativas perdidas de um criar que se quer preciso, confiável, oráculo da minha revolução em flor, estratégia do verdadeiro amor.
by cláudio, em tempos idos
by cláudio, em tempos idos
quinta-feira, 19 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
me dê a sua dor
sim, me dê todo o seu choro
me recupere os arquivos que você deletou
me lance na cara o cuspe antes de se ajoelhar na privada
me dê a ferida dos leprosos
todo o lixo do aterro da caximba
vamos fazer um jantar com restos de cancros extirpados e merda de rato
quero o cheiro do peido saído de uma bunda imunda
quero todo o lodo formado pela tempestade
não quero mais a lágrima metida a coitadinha que verto
nem bater mais a cabeça no muro das lamentações
quero o grito, o salto, o palco
quero qualquer poesia que o mundo produza
limpa ou suja
quero o escombro, o restolho, os dejetos mas também o
ideal pleno
quero o ar poluído ou puro,
o dia claro ou escuro de nuvens cheias de azia
quero a miscelânea, a coletânea instantânea
quero teu sangue
tua baba
teu pus
teu orgasmo
quero o mijo dos incontinentes
o destempero dos inconseqüentes
a loucura dos dementes
e a dos gênios
quero depor a alegria que chuta a sina do sofrer
quero uma rima que me faça crescer
um dia qualquer da semana vou querer
passar ainda além da Taprobana
quero meu ego desperto e soberano
nunca seco, nunca cego, nunca desumano
quero um quinhão que garanta a vida
a palavra sendo minha principal comida
em 08/09.06.2008, by cláudio bettega
sim, me dê todo o seu choro
me recupere os arquivos que você deletou
me lance na cara o cuspe antes de se ajoelhar na privada
me dê a ferida dos leprosos
todo o lixo do aterro da caximba
vamos fazer um jantar com restos de cancros extirpados e merda de rato
quero o cheiro do peido saído de uma bunda imunda
quero todo o lodo formado pela tempestade
não quero mais a lágrima metida a coitadinha que verto
nem bater mais a cabeça no muro das lamentações
quero o grito, o salto, o palco
quero qualquer poesia que o mundo produza
limpa ou suja
quero o escombro, o restolho, os dejetos mas também o
ideal pleno
quero o ar poluído ou puro,
o dia claro ou escuro de nuvens cheias de azia
quero a miscelânea, a coletânea instantânea
quero teu sangue
tua baba
teu pus
teu orgasmo
quero o mijo dos incontinentes
o destempero dos inconseqüentes
a loucura dos dementes
e a dos gênios
quero depor a alegria que chuta a sina do sofrer
quero uma rima que me faça crescer
um dia qualquer da semana vou querer
passar ainda além da Taprobana
quero meu ego desperto e soberano
nunca seco, nunca cego, nunca desumano
quero um quinhão que garanta a vida
a palavra sendo minha principal comida
em 08/09.06.2008, by cláudio bettega
sexta-feira, 6 de junho de 2008
(Cor)rompo a madrugada
com a caneta
em punho em parto
desligo-me do estado absorto
e inundo meu quarto
com a poesia da
minha ilusão
do transe
da proibida paixão
Escrevo as letras
sem dó nem
piedade
cada palavra formada
me traz a
claridade
da realidade indisfarçada:
estou só e
com tal dor no
coração
que transforma em
lágrima quente
o dilema da mente
que busca a fuga
do problema
by cláudio bettega, em 27.11.2006
com a caneta
em punho em parto
desligo-me do estado absorto
e inundo meu quarto
com a poesia da
minha ilusão
do transe
da proibida paixão
Escrevo as letras
sem dó nem
piedade
cada palavra formada
me traz a
claridade
da realidade indisfarçada:
estou só e
com tal dor no
coração
que transforma em
lágrima quente
o dilema da mente
que busca a fuga
do problema
by cláudio bettega, em 27.11.2006
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Tem um...
.
..brilhante texto do Thadeu dedicado a mim no blog dele. Confiram.
http://www.polacodabarreirinha.blogspot.com
..brilhante texto do Thadeu dedicado a mim no blog dele. Confiram.
http://www.polacodabarreirinha.blogspot.com
meus sonhos se espalham pelo sono
minha vida dorme sem dono
não sei quem sou nem o que vou ser
não sei o que quero nem o que vou querer
luto em busca do meu perdido amanhecer
busco a luta que me faz crescer
quero a paz e um momento de amplidão
quero você o amor o prazer o fogo o chão
by cláudio bettega, em 09/10.09.2005
minha vida dorme sem dono
não sei quem sou nem o que vou ser
não sei o que quero nem o que vou querer
luto em busca do meu perdido amanhecer
busco a luta que me faz crescer
quero a paz e um momento de amplidão
quero você o amor o prazer o fogo o chão
by cláudio bettega, em 09/10.09.2005
quarta-feira, 28 de maio de 2008
A ausência, a falta pura, o medo;
o desenrolar das atitudes;
o borrar de idéias, o se contaminar
por falsas ilusões.
Tudo solto, perdido na mente,
marcando ritmicamente
ponto e contraponto.
Seus olhos refletem minha
degenerescência,
abençoando com lágrimas
meu difícil caminho.
Escuto vozes recônditas dos
velhos pesadelos,
e abraço o vento,
que me inunda de frescor e pó.
A luz, as almas, o criar;
a pena e o papiro, o dedo e a tecla;
o salto, o baque, o sentir, o pensar.
Tudo envolvendo e desenvolvendo
o mitigado, enfurecido e poético ato
de viver.
by cláudio bettega, em 11.01.1999
o desenrolar das atitudes;
o borrar de idéias, o se contaminar
por falsas ilusões.
Tudo solto, perdido na mente,
marcando ritmicamente
ponto e contraponto.
Seus olhos refletem minha
degenerescência,
abençoando com lágrimas
meu difícil caminho.
Escuto vozes recônditas dos
velhos pesadelos,
e abraço o vento,
que me inunda de frescor e pó.
A luz, as almas, o criar;
a pena e o papiro, o dedo e a tecla;
o salto, o baque, o sentir, o pensar.
Tudo envolvendo e desenvolvendo
o mitigado, enfurecido e poético ato
de viver.
by cláudio bettega, em 11.01.1999
quarta-feira, 21 de maio de 2008
do forno
vou aqui
escrever outro
poema
antes que minha verve
se esgote antes que o
mundo me trague me
cague ou me fure no cangote
vou aqui eu neste movimento de
poesia e sinfonia vou
aqui tentando tirar leite de
pedra brilho da treva vou aqui
querendo falar do
quanto te amo te venero
num mundo tão severo vou aqui
na luta (in)sana
na labuta sacana vou aqui
sendo qualquer um
não sendo mais nenhum
querendo a salvação pela
arte cheia de
emoção
escrever outro
poema
antes que minha verve
se esgote antes que o
mundo me trague me
cague ou me fure no cangote
vou aqui eu neste movimento de
poesia e sinfonia vou
aqui tentando tirar leite de
pedra brilho da treva vou aqui
querendo falar do
quanto te amo te venero
num mundo tão severo vou aqui
na luta (in)sana
na labuta sacana vou aqui
sendo qualquer um
não sendo mais nenhum
querendo a salvação pela
arte cheia de
emoção
SENTINELAS DA NOITE
Escondo do alcance dos seus curiosos olhos a escala dos sentinelas que vigiam meus segredos noturnos. Mas posso revelar-lhe que eles armam-se de espinhos e venenos – nunca armas de fogo, detesto-as, pois barulhentas. As defesas que agridem silenciosamente me são mais atraentes. E, também, além da rusticidade, espinhos – vários ! – e venenos têm um quê de teor sádico que me deixa excitado.
Então. Guardo-me assim à noite. Nada de estranhos querendo saber dos meus segredos, nem de estranhos querendo saber a respeito de quem guarda meus segredos. Acho o cúmulo ter que ficar dando satisfações das minhas coisas a certos parasitas doidivanas.
Quanto a qualquer crime que meus sentinelas possam vir a cometer com o uso, mais do que justo, das armas já citadas – paciência! Crime maior, aos olhos do meu julgamento e escala de ilibados valores, é a desmedida intromissão em vida alheia.
Morreu, compra-se caixão, chama-se a família, faz-se o velório, enterra-se. Aqui jaz uma pessoa extremamente inconveniente; passou a vida preocupando-se com a das outras pessoas e esqueceu-se de vivê-la. Na missa de sétimo dia, reza-se um Pai Nosso e pronto. A alma está limpa. Tanto a da criatura curiosa, quanto a minha que, através de sentinelas e espinhos e venenos, por uma causa nobre de defesa de segredos noturnos, cometeu pequeno crime.
by cláudio bettega, em tempos idos
Então. Guardo-me assim à noite. Nada de estranhos querendo saber dos meus segredos, nem de estranhos querendo saber a respeito de quem guarda meus segredos. Acho o cúmulo ter que ficar dando satisfações das minhas coisas a certos parasitas doidivanas.
Quanto a qualquer crime que meus sentinelas possam vir a cometer com o uso, mais do que justo, das armas já citadas – paciência! Crime maior, aos olhos do meu julgamento e escala de ilibados valores, é a desmedida intromissão em vida alheia.
Morreu, compra-se caixão, chama-se a família, faz-se o velório, enterra-se. Aqui jaz uma pessoa extremamente inconveniente; passou a vida preocupando-se com a das outras pessoas e esqueceu-se de vivê-la. Na missa de sétimo dia, reza-se um Pai Nosso e pronto. A alma está limpa. Tanto a da criatura curiosa, quanto a minha que, através de sentinelas e espinhos e venenos, por uma causa nobre de defesa de segredos noturnos, cometeu pequeno crime.
by cláudio bettega, em tempos idos
terça-feira, 20 de maio de 2008
meu peito grita
nosso amor
não é mera fita
quero te ter
beber
comer
te tragar
me inebriar
com tua presença
e na tua ausência
vou me desesperar
por esperar
o corpo teu
aqui ao meu lado
como tenho agora
quando choras
de emoção
por também me ter
me beber comer enternecer
a madrugada
se desfaz num grito
de um sol bonito
quente e terno
seja no verão
ou no inverno
nós dois juntos
misturamos estações
viajamos por várias
constelações
nos jogamos em
todas as direções
em todas as
emoções
nosso amor
nos faz ser um
não nos permite
sofrer mal algum
by cláudio bettega, em 11.07.2005
nosso amor
não é mera fita
quero te ter
beber
comer
te tragar
me inebriar
com tua presença
e na tua ausência
vou me desesperar
por esperar
o corpo teu
aqui ao meu lado
como tenho agora
quando choras
de emoção
por também me ter
me beber comer enternecer
a madrugada
se desfaz num grito
de um sol bonito
quente e terno
seja no verão
ou no inverno
nós dois juntos
misturamos estações
viajamos por várias
constelações
nos jogamos em
todas as direções
em todas as
emoções
nosso amor
nos faz ser um
não nos permite
sofrer mal algum
by cláudio bettega, em 11.07.2005
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Abro todas as janelas
que me ofereçam você na paisagem
quero te ver no campo
na cidade
na miragem
Empreendo todas as estratégias
que te façam cair na minha rede
por você sinto amor
fome
sede
Te dou de presente meu eu
pra você me amar como eu te amo
pra você ser minha
como sou teu
by cláudio bettega, em 20.07.2005
que me ofereçam você na paisagem
quero te ver no campo
na cidade
na miragem
Empreendo todas as estratégias
que te façam cair na minha rede
por você sinto amor
fome
sede
Te dou de presente meu eu
pra você me amar como eu te amo
pra você ser minha
como sou teu
by cláudio bettega, em 20.07.2005
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