Leva contigo a última palavra
Do amor e magia que te dei dia a dia
Meu consolo é a voz que tu gravas
Neste último momento da nossa alegria.
Ficarei eu aqui, trôpego, a declarar meu desencanto
Aos ventos e poeiras e samambaias e ventarolas
Poeta perdido, armarei meu canto
A fim de declamá-lo na última marola.
Mas se quiseres novamente receber meu carinho
Terás que provar que não estás avessa
A ficar aqui no nosso ninho
E viver o amor dos pés à cabeça.
Desertora que te mostras agora
Penso, no entanto, que nada mais queres
A não ser tomar o rumo de fora
Deste casulo encantado que envolveu nossos seres.
by cláudio bettega, em 21.07.2005
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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