Ah, poeta!
de que vale ser
poeta num
mundo cheio de pessoas
com alma que
apenas
escorre pelas
frestas
do pavor
pelo vulto
insepulto
do perdido vácuo
em constante inércia...
Ah, poeta!
o que queres
fazer com tua
poesia
se só te
defrontas com a
realidade vazia
da ignorância mais
crassa
que apenas
embaça
a tua possibilidade
de até mesmo
tirar lucro
a partir de
versos que chamas de
precioso invento
mas ouves quase sempre
ser algo
sem senso...
Ah, poeta!
proclamas tua
benção perdida
pela perdida noite
de mendigos bêbedos
invades os bares
choras todos os
pilares que não
te sustentam
pesado ser de idéias
airadas
que se querem
densas
sedentas
por ser o manifesto
que manifesta
tua dor
escondida
incapaz
de receber
acolhida
em alguma
esquina...
Ah, poeta!
ainda ousas
em momento pedante
achar-te a
cereja do bolo
e não percebes,
errante,
que o bolo
é podre e
tua cereja afunda
na profunda
impureza...
Ah, poeta!
crês que és
elite
do pensamento elaborado
mas és apenas uma
rima em semente
que não germina
e essa realidade
lançada
qual cuspe
à tua cara
nunca termina mas
insistes
na lida...
Ah, poeta!
por que não
desistes???
by cláudio bettega deprimido, em 04/05.08.2005
quarta-feira, 30 de abril de 2008
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3 comentários:
cráudio e sua eterna ladaínha...
Nabokov
Cláudio, ficou sabendo da canção da volta olímpica no "meio-estádio"?
Ciranda cirandinha meia-volta vamos dar
Se quiser dar volta inteira vá ao Couto devagar...
Salve Coxa!
Morra de tédio, Petráglia!
Saudades, amigo.
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