terça-feira, 29 de abril de 2008

como pelas beiras
o alimento da
minha poesia
das minhas veias
escorre
sangue negro e
gelado
sou apenas
um perdido
um alienado
nutro o amor
bandido
pelo mundo
letrado
mas sou mais um
poeta
sem talento
pouco sei
inventar
aqui neste meu
movimento
acho melhor largar
a caneta
fechar o caderno
e me esconder
em algum
inferno


by cláudio bettega frustrado, em 17.07.2005


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