quinta-feira, 24 de abril de 2008

Quero ser um poeta tão filho da puta
mas tão filho da puta
que ache rimas perdidas
até em uma perdida
gruta
puta poeta filho da puta que
eu vou ser
acharei versos jogados
em qualquer entardecer
Mas o que vai mesmo me diferenciar
nesse mundo poético do criar
é uma rima ducaralho
que eu vou inventar
afinal qualquer poeta
em seu momento sublime de esteta
já escreveu um poema sensível e bonito
e ali rimou, cheio de faniquito,
“amor” com “dor”
O que eu quero é,
num momento de epifania,
escrever um poema esquisito
e nele rimar, com sabedoria,
“feijão” com “doce-de-leite”


by cRáudio bettega, em 21.07.2005

Um comentário:

Deborices disse...

Hello my dear friend...
Q belo poema... como todos os que vc escreve... adoro-te...

Bjãooo