Dispara teu grito,
poeta!
separa o joio do trigo –
difunde a palavra
linda e exata e
aborta a palavra
podre e bizarra.
Dá mãos à magia,
poeta!
cria tua poesia e
explode o mundo com a
mais forte alquimia.
Borbulha teu sangue,
poeta!
jorra qual vulcão
teu quente interior
inundado de sabedoria
e emoção.
Venera a arte,
poeta!
declama teu libelo
nos palcos e nas vias,
em manhãs quentes
ou noites frias.
Ama a vida,
poeta!
esteja vivo para sonhar
em mudar o mundo
com teu sentimento
fecundo.
by cláudio bettega, em 24.07.2005
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
O teatro pobre
No teatro pobre, o ator deve compor uma máscara orgânica, através dos seus músculos faciais; depois, a personagem usará a mesma expressão, através da peça inteira. Enquanto todo o corpo se move de acordo com as circunstâncias, a máscara permanece estática, numa expressão de desespero, sofrimento e indiferença. O ator multiplica-se numa espécie de ser híbrido, representando seu papel polifonicamente. As diferentes partes do seu corpo dão livre curso aos diferentes reflexos, que são muitas vezes contraditórios, enquanto a língua nega não apenas a voz, mas também os gestos e a mímica.
Todos os atores usam gestos, atitudes e ritmos extraídos da pantomima. Cada uma tem a sua silhueta própria, irrevogavelmente fixada. O resultado é uma despersonalização das personagens. Quando os traços individuais são removidos, os atores transformam-se em estereótipos das espécies.
Os mecanismos de expressão verbal foram consideravelmente aumentados, porque todos os meios de expressão vocal são usados, desde o confuso balbucio de uma criança muito pequena até a mais sofisticada declamação retórica. Ruídos inarticulados, rosnar de animais, suaves canções folclóricas, cantos litúrgicos, dialetos, declamação de poesia: tudo está aqui. Os sons são intercalados de uma forma complexa, que devolve à memória todas as espécies de linguagem. Estão misturados nessa nova Torre de Babel, no estrondo de pessoas e línguas estrangeiras que se encontram antes do seu extermínio.
A mistura de elementos incompatíveis, combinada com a distorção da linguagem, provoca reflexos elementares. Resíduos de sofisticação são justapostos a comportamentos animais. Meios de expressão “biológicos” são ligados a composições bastante convencionais.
Jerzy Grotowski
Todos os atores usam gestos, atitudes e ritmos extraídos da pantomima. Cada uma tem a sua silhueta própria, irrevogavelmente fixada. O resultado é uma despersonalização das personagens. Quando os traços individuais são removidos, os atores transformam-se em estereótipos das espécies.
Os mecanismos de expressão verbal foram consideravelmente aumentados, porque todos os meios de expressão vocal são usados, desde o confuso balbucio de uma criança muito pequena até a mais sofisticada declamação retórica. Ruídos inarticulados, rosnar de animais, suaves canções folclóricas, cantos litúrgicos, dialetos, declamação de poesia: tudo está aqui. Os sons são intercalados de uma forma complexa, que devolve à memória todas as espécies de linguagem. Estão misturados nessa nova Torre de Babel, no estrondo de pessoas e línguas estrangeiras que se encontram antes do seu extermínio.
A mistura de elementos incompatíveis, combinada com a distorção da linguagem, provoca reflexos elementares. Resíduos de sofisticação são justapostos a comportamentos animais. Meios de expressão “biológicos” são ligados a composições bastante convencionais.
Jerzy Grotowski
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Sobre política, do baú.
Revendo meus arquivos, achei esse texto meu dos tempos da polêmica do mensalão.
A ARTE DA BARGANHA
Enxergo a Política como uma arte. Ultimamente, estou lendo “A Política”, de Aristóteles, “A República”, de Platão, já li “O Príncipe” de Maquiavel há muito tempo, assim como “O Manifesto Comunista”, de Marx e Engels. Preciso ler “O Capital”, também de Marx, que, a despeito de ser uma crítica ácida e revolucionária ao capitalismo, é respeitado até pelos economistas de direita como uma análise precisa das relações sociais nesse sistema.
Como sou um ser de humanidades - estudo teatro, escrevo poemas, estudei comunicação – tenho obrigação de ler todas as obras importantes relacionadas à filosofia, à política e à sociologia. Confesso que comecei tarde – na faculdade tinha mais interesse em literatura, livros de comunicação, comerciais de televisão, filmes e jornais e revistas do que em ler obras fundamentais para o espírito humanista.
Pois então, dentro da minha parca aventura humanista nesta vida, e dentro do contexto atual de formação da sociedade, não vejo outro meio de desenvolvê-la se não pela política como arte. Eu falo da necessidade de teorizar as relações e depois humanizá-las e até espiritualizá-las. Hoje, acho que os governos deveriam ser compostos por profissionais de administração pública, sociologia, psicologia, direito etc, eivados de espírito político, e não apenas por políticos sem formação, que acreditam apenas nas conversas de bastidores.
Mas já que atuamos dentro do processo democrático de voto, elegendo as pessoas que nos governam, tenho que aceitar e analisar dentro desse processo. Pois bem: Fernando Henrique foi uma enorme decepção para mim. Apesar de não ter votado nele, esperava que o sociólogo de estirpe que é não fizesse apenas trabalho de base macroeconômico, favorável ao grande sistema, mas tivesse uma política social contundente.
E o PT foi a maior decepção política da minha vida. Um partido de base social e intelectual, agrupando prática sindical de peões com teóricos de universidade, que sempre discursou pela ética na política, de repente assume o poder e mimetiza-se dentro do corriqueiro do poder. Minha esperança de ver a arte da retórica social (mesmo que com os defeitos gramaticais do Lula, o que interessa aí é o conteúdo) ser transformada em ação, plantando o resultado de debates em busca da colheita na ação social, foi toda diluída por uma política suja e corrupta, igual às anteriores.
Concordo que todos os cidadãos devem participar politicamente para o progresso. A cada parafuso apertado, a cada cirurgia, a cada peça de teatro montada, a cada poema escrito, a cada defesa de réu, estamos agindo politicamente pela transformação. E devemos ir além. Eu, por exemplo, ainda sou apenas estudante de teatro, mas pretendo fazer no futuro ações voluntárias em hospitais de crianças, escrevendo e atuando em peças educativas e de diversão, para animar as crianças carentes e doentes.
Mas acho que isso só, o nosso lado, não basta. Precisamos de uma ordem política moralizada, gerida por governantes cônscios da necessidade do ideal, e não apenas da bravata. Ontem, vendo um pedaço do depoimento do Roberto Jefferson, me ficou claro que todos os políticos têm a consciência do processo todo carcomido, e mesmo assim se locupletam a partir dele, seja em doações de campanha ou em balcão de negócios no poder. Está ficando cada vez mais claro que o desejo dos que lá chegam é o de se perpetuar no poder não pelo prazer idealista de ajudar a sociedade a se transformar, mas pelo prazer de ter esse poder e receber mordomias.
Esperava, real e ingenuamente, que ex-guerrilheiros, ex-sindicalistas, acadêmicos etc tivessem senso de ideal para a mudança. Não, são mais do mesmo, são os novos meros artífices da arte da barganha.
A ARTE DA BARGANHA
Enxergo a Política como uma arte. Ultimamente, estou lendo “A Política”, de Aristóteles, “A República”, de Platão, já li “O Príncipe” de Maquiavel há muito tempo, assim como “O Manifesto Comunista”, de Marx e Engels. Preciso ler “O Capital”, também de Marx, que, a despeito de ser uma crítica ácida e revolucionária ao capitalismo, é respeitado até pelos economistas de direita como uma análise precisa das relações sociais nesse sistema.
Como sou um ser de humanidades - estudo teatro, escrevo poemas, estudei comunicação – tenho obrigação de ler todas as obras importantes relacionadas à filosofia, à política e à sociologia. Confesso que comecei tarde – na faculdade tinha mais interesse em literatura, livros de comunicação, comerciais de televisão, filmes e jornais e revistas do que em ler obras fundamentais para o espírito humanista.
Pois então, dentro da minha parca aventura humanista nesta vida, e dentro do contexto atual de formação da sociedade, não vejo outro meio de desenvolvê-la se não pela política como arte. Eu falo da necessidade de teorizar as relações e depois humanizá-las e até espiritualizá-las. Hoje, acho que os governos deveriam ser compostos por profissionais de administração pública, sociologia, psicologia, direito etc, eivados de espírito político, e não apenas por políticos sem formação, que acreditam apenas nas conversas de bastidores.
Mas já que atuamos dentro do processo democrático de voto, elegendo as pessoas que nos governam, tenho que aceitar e analisar dentro desse processo. Pois bem: Fernando Henrique foi uma enorme decepção para mim. Apesar de não ter votado nele, esperava que o sociólogo de estirpe que é não fizesse apenas trabalho de base macroeconômico, favorável ao grande sistema, mas tivesse uma política social contundente.
E o PT foi a maior decepção política da minha vida. Um partido de base social e intelectual, agrupando prática sindical de peões com teóricos de universidade, que sempre discursou pela ética na política, de repente assume o poder e mimetiza-se dentro do corriqueiro do poder. Minha esperança de ver a arte da retórica social (mesmo que com os defeitos gramaticais do Lula, o que interessa aí é o conteúdo) ser transformada em ação, plantando o resultado de debates em busca da colheita na ação social, foi toda diluída por uma política suja e corrupta, igual às anteriores.
Concordo que todos os cidadãos devem participar politicamente para o progresso. A cada parafuso apertado, a cada cirurgia, a cada peça de teatro montada, a cada poema escrito, a cada defesa de réu, estamos agindo politicamente pela transformação. E devemos ir além. Eu, por exemplo, ainda sou apenas estudante de teatro, mas pretendo fazer no futuro ações voluntárias em hospitais de crianças, escrevendo e atuando em peças educativas e de diversão, para animar as crianças carentes e doentes.
Mas acho que isso só, o nosso lado, não basta. Precisamos de uma ordem política moralizada, gerida por governantes cônscios da necessidade do ideal, e não apenas da bravata. Ontem, vendo um pedaço do depoimento do Roberto Jefferson, me ficou claro que todos os políticos têm a consciência do processo todo carcomido, e mesmo assim se locupletam a partir dele, seja em doações de campanha ou em balcão de negócios no poder. Está ficando cada vez mais claro que o desejo dos que lá chegam é o de se perpetuar no poder não pelo prazer idealista de ajudar a sociedade a se transformar, mas pelo prazer de ter esse poder e receber mordomias.
Esperava, real e ingenuamente, que ex-guerrilheiros, ex-sindicalistas, acadêmicos etc tivessem senso de ideal para a mudança. Não, são mais do mesmo, são os novos meros artífices da arte da barganha.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Ai, que saudades do palco!!!!
DIONÍSIO – Nome grego de Baco.
DIONÍSIAS OU DIONISÍACAS – Festas em honra a Dionísio (Baco), o deus do vinho. Na Frígia e na Trácia eram caracterizadas por sacrifícios humanos e orgias. Na Grécia, embora o caráter orgíaco fosse conservado, a vítima era um animal. Dessas festas destacavam-se as Antesterias, onde se provava o vinho novo; as oscoforias, que acompanhavam a colheita. As Grandes Dionísias ou festas urbanas celebravam-se no mês de março e possuíam também caráter artístico. Nelas, além do canto e da dança, havia representação de cenas mitológicas da vida de Dionísio. A tais festas liga-se a origem da tragédia e da comédia. As pequenas Dionísias ou Dionisíacas Campestres eram comemoradas em dezembro, após a vindima.
BACANAIS – Festas romanas celebradas em honra de Baco. Embora não fossem iguais em todas as regiões, identificavam-se sempre pelo caráter orgíaco e pela presença de mulheres tomadas de delírio.
BACANTES – Seguidoras de Baco. Acompanhavam-no em suas viagens à Índia. Não eram sacerdotisas, mas ocupavam lugar de destaque na religião e no culto a esse deus. Empunhavam o tirso, espécie de lança enramada de hera. Cobertas apenas por peles de leão, celebravam as orgias com gritos e danças desnorteadas. Mergulhavam em êxtase ístico e adquiriam uma força prodigiosa, de qe muitos heróis foram vítimas. Também eram chamadas Mênades.
BACO - Nome latino de Dionísio. Deus do vinho e da embriaguez, da colheita e da fertilidade. Sua lenda é complexa porque reuniu elementos diversos, tomados da Grécia e de países vizinhos. Filho de Júpiter e Sêmeie, foi educado no vale de Nisa pelas Ninfas, segudo a tradição mais corrente. Já adulto, descobriu a vinha e seu uso. Enlouquecido por Juno, andou errante pelo Egito, pela Síria e pela Frigia, onde a deusa Cibele o iniciou em seu culto.
Em todos os países, ensinava aos homens o trato da videira e a fabricação do vinho. Fatigado de tantas viagens, voltou à Grécia e recuperou a sanidade graças a Cibele. Na Trácia foi mal recebido pelo rei Licurgo, a quem puniu severamente. Em seguida, chegou à Índia, país que conquistou pe;a força de suas armas e por seu poder místico. Montava um carro puxado por panteras e ornado de ramos de videiras e hera. Acompanhava-o um cortejo de Sátiros e Bacantes. Voltando à Beócia, introduziu em Tebas as Bacanais. Penteu, o rei da cidade, opôs-se ao seu culto e ele, como de costume, lançou mão do vinho para impor-se; embriagou as mulheres e levou-as a matar o soberano. Em Orcômeno, onde reinava Mínias, procurou convencer o povo a juntar-se à comitiva do vinho. As filhas do rei, Alcítoe, Arsipa e Leucípa, recusaram-se a acompanhá-lo e receberam atroz castigo. Quando andava por uma praia, Baco foi raptado por piratas, que acabaram transformados em delfins; só escapou Acetes, que se opusera ao plano dos companheiros. O deus dirigiu-se em seguida à ilha Naxos, onde esposou Ariadne. Por fim, adquiriu o direito de participar da assembléia olímpica. Desceu aos Infernos e recuperou Sêmele, levando-a para a comunidade divina com o nome de Tione. Os gregos consideram Baco protetor das belas-artes, em particular do teatro, originado nas representações que faziam por ocasião das festas em honra ao deus.
DIONÍSIAS OU DIONISÍACAS – Festas em honra a Dionísio (Baco), o deus do vinho. Na Frígia e na Trácia eram caracterizadas por sacrifícios humanos e orgias. Na Grécia, embora o caráter orgíaco fosse conservado, a vítima era um animal. Dessas festas destacavam-se as Antesterias, onde se provava o vinho novo; as oscoforias, que acompanhavam a colheita. As Grandes Dionísias ou festas urbanas celebravam-se no mês de março e possuíam também caráter artístico. Nelas, além do canto e da dança, havia representação de cenas mitológicas da vida de Dionísio. A tais festas liga-se a origem da tragédia e da comédia. As pequenas Dionísias ou Dionisíacas Campestres eram comemoradas em dezembro, após a vindima.
BACANAIS – Festas romanas celebradas em honra de Baco. Embora não fossem iguais em todas as regiões, identificavam-se sempre pelo caráter orgíaco e pela presença de mulheres tomadas de delírio.
BACANTES – Seguidoras de Baco. Acompanhavam-no em suas viagens à Índia. Não eram sacerdotisas, mas ocupavam lugar de destaque na religião e no culto a esse deus. Empunhavam o tirso, espécie de lança enramada de hera. Cobertas apenas por peles de leão, celebravam as orgias com gritos e danças desnorteadas. Mergulhavam em êxtase ístico e adquiriam uma força prodigiosa, de qe muitos heróis foram vítimas. Também eram chamadas Mênades.
BACO - Nome latino de Dionísio. Deus do vinho e da embriaguez, da colheita e da fertilidade. Sua lenda é complexa porque reuniu elementos diversos, tomados da Grécia e de países vizinhos. Filho de Júpiter e Sêmeie, foi educado no vale de Nisa pelas Ninfas, segudo a tradição mais corrente. Já adulto, descobriu a vinha e seu uso. Enlouquecido por Juno, andou errante pelo Egito, pela Síria e pela Frigia, onde a deusa Cibele o iniciou em seu culto.
Em todos os países, ensinava aos homens o trato da videira e a fabricação do vinho. Fatigado de tantas viagens, voltou à Grécia e recuperou a sanidade graças a Cibele. Na Trácia foi mal recebido pelo rei Licurgo, a quem puniu severamente. Em seguida, chegou à Índia, país que conquistou pe;a força de suas armas e por seu poder místico. Montava um carro puxado por panteras e ornado de ramos de videiras e hera. Acompanhava-o um cortejo de Sátiros e Bacantes. Voltando à Beócia, introduziu em Tebas as Bacanais. Penteu, o rei da cidade, opôs-se ao seu culto e ele, como de costume, lançou mão do vinho para impor-se; embriagou as mulheres e levou-as a matar o soberano. Em Orcômeno, onde reinava Mínias, procurou convencer o povo a juntar-se à comitiva do vinho. As filhas do rei, Alcítoe, Arsipa e Leucípa, recusaram-se a acompanhá-lo e receberam atroz castigo. Quando andava por uma praia, Baco foi raptado por piratas, que acabaram transformados em delfins; só escapou Acetes, que se opusera ao plano dos companheiros. O deus dirigiu-se em seguida à ilha Naxos, onde esposou Ariadne. Por fim, adquiriu o direito de participar da assembléia olímpica. Desceu aos Infernos e recuperou Sêmele, levando-a para a comunidade divina com o nome de Tione. Os gregos consideram Baco protetor das belas-artes, em particular do teatro, originado nas representações que faziam por ocasião das festas em honra ao deus.
Constantin Stanislavski
Stanislavski é um importante dramaturgo e teórico do teatro. Um pouco das palavras dele:
“ O ator vive, chora e ri em cena e, o tempo todo, está vigiando suas próprias lágrimas e sorrisos. É esta dupla função, este equilíbrio entre a vida e a atuação que faz sua arte.”
“Todo artista verdadeiro, enquanto estiver em cena, deve focalizar toda a concentração criadora unicamente no superobjetivo e na linha direta da ação, no seu sentido mais amplo e profundo. Se eles estiverem certos, tudo o mais será feito, subconscientemente, miraculosamente, pela natureza. Isto se dará sob a condição de que o ator recrie seu trabalho, cada vez que repetir o papel, com sinceridade, verdade e retidão. Só assim poderá sua arte livrar-se da atuação mecânica e estereotipada, dos truques e de todas as formas da artificialidade. Se o conseguir, terá ao seu redor, em cena, gente de verdade e vida verdadeira e uma arte viva, purificada de todos os elementos degradantes.”
“ O ator vive, chora e ri em cena e, o tempo todo, está vigiando suas próprias lágrimas e sorrisos. É esta dupla função, este equilíbrio entre a vida e a atuação que faz sua arte.”
“Todo artista verdadeiro, enquanto estiver em cena, deve focalizar toda a concentração criadora unicamente no superobjetivo e na linha direta da ação, no seu sentido mais amplo e profundo. Se eles estiverem certos, tudo o mais será feito, subconscientemente, miraculosamente, pela natureza. Isto se dará sob a condição de que o ator recrie seu trabalho, cada vez que repetir o papel, com sinceridade, verdade e retidão. Só assim poderá sua arte livrar-se da atuação mecânica e estereotipada, dos truques e de todas as formas da artificialidade. Se o conseguir, terá ao seu redor, em cena, gente de verdade e vida verdadeira e uma arte viva, purificada de todos os elementos degradantes.”
sábado, 19 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
by cláudio bettega, em 18.12.2004
Um mar revolto de rosas despetaladas me faz naufragar num sonho de algodão. O riso fácil da frase volátil e a descoberta da rima esperta. Fácil o agudo medo do medo de ser o que se é e o que o poeta quer. Meus olhos querem derramar as lágrimas que meu peito produz em combustão. Quanto mais quero o profundo mais me perco no raso imundo. Quando o homem atingir a liberdade o foco do ator será o grande chamariz. Reponho a falta do amor e carinho com angústia e depressão. Escrevo qualquer merda para refletir a minha perda. Perco qualquer perda para encontrar o meu abrigo. Quero você em beijos e muito sexo, mas também quero ser um grande amigo. Se a tarde anuncia um vento de descompromisso, é porque o bar está aberto e me espera. Se meu olho não te encontra, será que é porque você me desconsidera? Boa noite, texto bobo, boa noite, mundo tolo, bom dia, amor e fé, bom dia, doce mulher.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
by cláudio bettega, em 11.11.2002
Could you
show me
which way
I should
go by
could you
kiss me
give me
some light
could you
let me try
I don’t want
to fear
just
to bear
I don’t want
to cry
My dreams are
the same
I am just a
thinker
lost in the
sky
But you
can help me
just being
exactly what
you are
The world
never changes
but we
could spend
our lives
in pure air
The night
belongs to us
life longs for
our evidence
that love
is the most important
god
show me
which way
I should
go by
could you
kiss me
give me
some light
could you
let me try
I don’t want
to fear
just
to bear
I don’t want
to cry
My dreams are
the same
I am just a
thinker
lost in the
sky
But you
can help me
just being
exactly what
you are
The world
never changes
but we
could spend
our lives
in pure air
The night
belongs to us
life longs for
our evidence
that love
is the most important
god
REQUIÃO E A PARANÁ EDUCATIVA
A chamada “censura” imposta ao governador Roberto Requião pelo desembargador Edgard Lippmann Júnior, do TRF de Porto Alegre, parece-me fundamentada quando diz que uma rede pública não pode ser palanque de ataques do ocupante do cargo máximo de plantão. Podemos argumentar que realmente cheira a censura ditatorial. Mas não seria também uma forma de ditadura de Requião utilizar dinheiro público pra se promover, dizendo defender interesses do povo? Interesses do povo ou dele? Tomemos como exemplo a Tv Cultura, de São Paulo. É uma rede financiada com dinheiro do estado, mas nela não vemos palanque, vemos programas de alta qualidade, inclusive alguns infantis premiados internacionalmente pelo conteúdo pedagógico.
No Paraná temos problemas de espaço destinado a artistas locais, que poderiam abrilhantar a programação da rede pública com arte. Poderia se haver concorrências para melhores programas, até colocar um violãozinho com um poeta declamando já é mais conteúdo intelectual do que um governador perdendo as estribeiras. Não, não quero ser eu o poetinha, há vários na cidade de Curitiba e no estado inteiro, assim como há várias companhias teatrais alijadas da notoriedade do público paranaense.
Quanto a questões políticas, creio que o governador está certo ao chamar os adversários para o debate, embora use tons intimidatórios nos convites.
E se quer divulgar o saber político, seria mais interessante aulas de teoria com professores do que ficar chamando jornalistas de apedeutas. Sempre votei em Requião, mas ele anda me entediando...
No Paraná temos problemas de espaço destinado a artistas locais, que poderiam abrilhantar a programação da rede pública com arte. Poderia se haver concorrências para melhores programas, até colocar um violãozinho com um poeta declamando já é mais conteúdo intelectual do que um governador perdendo as estribeiras. Não, não quero ser eu o poetinha, há vários na cidade de Curitiba e no estado inteiro, assim como há várias companhias teatrais alijadas da notoriedade do público paranaense.
Quanto a questões políticas, creio que o governador está certo ao chamar os adversários para o debate, embora use tons intimidatórios nos convites.
E se quer divulgar o saber político, seria mais interessante aulas de teoria com professores do que ficar chamando jornalistas de apedeutas. Sempre votei em Requião, mas ele anda me entediando...
No Café do Teatro, em tempos idos
1.
um gole, uma cerveja,
um sentimento
meu momento é
de paixão
não consigo mais
dizer não
estou no bar, estou
em qualquer lugar
estou na vida
espero sua acolhida
2.
eu sonho, eu me
ponho na vida
te sinto
bela
mas você é minha
ferida
aquela que não
cicatrizou
porque você
me ignorou
3.
quero teu beijo
teu carinho
teu afago
quero um trago
de vinho
quero você
no meu ninho
4.
meu pau lateja
te deseja...
quero teu corpo,
teu líquido,
tua alma
mas me sinto insípido
5.
poderia eu te
elevar à altura
do prazer?
tudo bem...
me deixa tentar,
me deixa ser...
um gole, uma cerveja,
um sentimento
meu momento é
de paixão
não consigo mais
dizer não
estou no bar, estou
em qualquer lugar
estou na vida
espero sua acolhida
2.
eu sonho, eu me
ponho na vida
te sinto
bela
mas você é minha
ferida
aquela que não
cicatrizou
porque você
me ignorou
3.
quero teu beijo
teu carinho
teu afago
quero um trago
de vinho
quero você
no meu ninho
4.
meu pau lateja
te deseja...
quero teu corpo,
teu líquido,
tua alma
mas me sinto insípido
5.
poderia eu te
elevar à altura
do prazer?
tudo bem...
me deixa tentar,
me deixa ser...
sábado, 12 de janeiro de 2008
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
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