terça-feira, 23 de março de 2010
festival de curitiba
quarta-feira, 17 de março de 2010
glauco
despencam em cascata
numa esquina do meu quarto
Notícias internéticas
se picham em minha tela
O Gibi do Glauco de ontem está aqui
em minha mão...
Meu inverno será sem bimbolover,
minha bronha sem a Sônia inflável,
nada de alegria, só mau humor estável...
Como disse meu amigo AlexPieske,
Glauco foi morto por um
Doy Jorge
Vomitem merda agora, advogados!,
porque a Folha está incompleta,
a vida está incompleta, minha adolescência lá atrás
está incompleta.
quinta-feira, 11 de março de 2010
diluo o pensamento digito o movimento progressivo a busca do preciso e do impreciso a construção da desconstrução a edificação da quebra a alteração da regra o regramento da zona a percepção do coma o nascimento do milímetro obtuso do centímetro confuso do metro perfeito do kilometro refeito andanças e danças do corpo teatral meu canal atual poesia e magia
bettega
terça-feira, 9 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
Verdades da minha amiga FRAN LIPINSKI
Verdades não passam de mentiras de pernas longas
- ajustadas em fuso-horário, onde e por que,
no quando-enquanto de uma dimensão sem paralelos.
Verdades pisam em terrenos obscuros
- com chama própria, única e trêmula,
com medo do vento, da água e do chão
Verdades brincam com bonecos na infância. Crescem.
Verdades figuram de independentes, absolutas, nobres.
Verdades alteram-se.
Verdades são conservadoras, no mais incondicional sigilo.
Verdades então brincam com as cercas de uma realidade ilimitada.
Verdades têm muitas mãos e bocas
- não escrevem... nem gritam.
Verdades transfiguram verdades, em eterna disputa.
Verdades atuam no teatro como marionetes,
fazem da vida o seu grande palco, seu estrelato.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bobão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
Salvador, 16 de janeiro de 2010.
* * *
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
de tanto entrei por eles
exauri meus planos
de te criar por mim quereres
pois queres coisas que não tenho
vá então procurá-las em outros seres
mas te digo, em mim detenho
valores mui perenes
tipo poesia e amor
meus saborosos entes
numa vida cheia de frescor.
cláudio bettega, em 26.02.2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
um armistício
quero um par
um parricídio final
não quero mais
quebrar esquinas embriagadas
pelos goles de bílis,
não quero mais me molhar
da chuva despejada
por nuvens cheias de azia, não
quero ser levado pela
ventania
não quero espremer os
bagaços nem sustentar
cagaços
preciso da coragem
não de voragem poluída
suicida -
quero amor,
não quero rancor.
cláudio bettega, em 24.02.2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Uma refor...
domingo, 14 de fevereiro de 2010
alho poró, cenoura, cebolinha,
radiche e acelga, brócolis, cará,
baião de dois, também feijão com arroz.
Tomate, ervilha, aspargo, moranguinha,
milho, lentilha, aipim ou macaxeira,
jiló, pepino, rúcula e maxixe,
e um grão de bico, grosso, em prato cheio.
E pimentão e quiabo e couve-flor
com agrião, chuchu mais o espinafre
e a berinjela, a salsa, a alcachofra.
Só por sair do mundo vegetal,
um animal, aqui, assume o posto
alce e alface se acham face à face.
Navarro. (http://www.duanavarro.zip.net/)
maminha, picanha, alcatra
xixo, costela, carneiro
coração, franguinho, porcada
sou carne e sou brasileiro
abacaxi, tender, cupim
linguiça sem trema da nova norma
queijinho assado pra mim
mesmo que me tire da forma
rodízio vindo do sul
mais um chimarrão digestivo
me mantém o corpo festivo
soneto sem métrica aqui
mas depondo meu amor
ao churrasco cheio de sabor
cláudio bettega
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
volveres sábios
devaneios lacrimosos
lábios escarlate
gostosos
nuvens de natas de
um bolo céu de chocolate
beijo doce que me
alucina
pulos na piscina
uma noite de neblina
e suores de frio
ela no cio
sustento meu brio
esquentamos a água
transbordamos a mágica
amamos a nobre prática
cláudio bettega, em 09.02.2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
para minha mãe
está escrito
em português inglês
sânscrito em
um grito perdido
no infinito
é obscuro
mas espero
puro
inscrito
na beleza da fina flor
da natureza
cheio de poesia bossas
fossas
pirraças
graças
mesmo que
morando em
palhoça
quero continuar
me doando
à linguagem
inútil
nada fútil
da descoberta
da palavra
aberta
esperta
coberta
de cerejas
paro por aqui,
licença,
ainda tenho que tomar
duas cervejas,
não quero fazer isso
na sua
presença.
by cláudio bettega, em 17.03.2009
domingo, 24 de janeiro de 2010
meu amigo poeta júlio almada pede uma força
mordo inebriado as bordas em relevo
minha língua penetra tua cavidade ácida
quero-te latejante a receber minha prática
agora preparo a arma principal
que direciono para o deleite total
monto sedento por sobre o triângulo
e berro o êxtase a cada estocada
meu véu abdominal roça a pele tenra
o tesão se faz louco, te deixa mais atirada
pedes mais e me engoles a orelha
me sugas a língua e me fortaleces o desejo
ofertamo-nos créditos para novo excitante ensejo
by bettega, em 09.08.2007
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
última geada
preciso de um gole de
uma cerveja gelada
Pra sarar de
qualquer mal
só mesmo
injeção letal
pra estancar
qualquer vício
só mesmo
fosse no início
Quero beijar
os ratos do
aterro do lixo
quero apurar os
fatos que
me jogaram no abismo
Persigo tanto a
saída que
caio num pranto
sem medida
Encharco a alma de
espera e não suporto
qualquer quimera
Me arrasto pelas
veias da cidade e
não consigo encontrar claridade.
Só uma coisa me mantém vivo:
o amor pela
Bicicleta Patafísica
que eu não ganhei
quando menino.
claudio bettega, em 19.10.2009, para a peça
"como fugir de mim se só tenho saídas para dentro"
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
com plena força nos pedais
para longe leve meus ais
e assim me deixe bem comigo.
Que a Bicicleta Patafísica
levando embora meus fantasmas
torne pelo mesmo caminho
trazendo-me a figura amada.
Que a Bicicleta Patafísica
correndo por dentro de um palco
em meio às gentes do bulício
agregue valor à nossa arte.
Ah, a Bicicleta Patafísica
costura verdades no teatro
e vem se esconder na poesia
após de roubar da velha o arco.
Navarro, o Dua. (http://duanavarro.zip.net/) - 10.12.2009
Patafísica a Bicicleta
que carrega meus sonhos teatrais
e não monta mais rápido
nem com duas rodas a mais.
Patafísica a amizade
que me une ao irmão Navarro
e a todo o elenco buliçoso
quando no palco controlamos o pigarro.
Patafísica a pipoca
que, no meio de sua massaroca,
esconde um filhote de sonhos
pra estancar sonhos medonhos.
Patafísica, enfim, nossa vida,
quando subimos no palco
como um coro de bêbados felizes
e fazemos do teatro nossa arte e lida.
cláudio bettega, 10.12.2009
pichação
sou gente
sou o sol do
próximo poente
sou geral
sou dor
sou felicidade
e sou carente
sou belo
sou feio
pra curar a vida
só o amor.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
momento wando
lágrimas
de paixão
Minhas lágrimas
derramam lágrimas
de tesão
Meu corpo treme
geme
te sente
se sente
me sente
Meu latejo
espasmo
felicidade
Meu mel
amor
orgasmo
by cláudio bettega, em 01.12.2009
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Patafísica
A bicicleta patafísica

Que país! Há depravados que cheiram o selim da Bicicleta Patafísica (BP).
A BP não acreditou na metempsicose, nem no tempo em que ela era crocodilo.
A BP não roda para salvar o universo nem para curar os humanos.
A BP (mesmo que analisemos os paradoxos de Zenão) não gosta de camembert ao molho de Chanel nº 5.
A BP dança sem sapatilhas sobre o lago dos cisnes.
A BP, quando se cansa de correr, vira poste de luz.
A BP não pára quieta em cima de um balanço.
A BP pode ganhar o Tour de France, mas sempre recusou o Pulitzer.
A BP desliza na superfície do mar, incapaz de mergulhos submarinos.
A falsa BP é imediatamente desmascarada quando joga xadrez.
Mas como é que fomos cair nessa de mumificar os faraós sem as suas BPs?
Entre BPs, nem violação nem estupro.
Quantas coisas aprende o sexólogo quando fala de sexo à BP.
A BP contactou a tuberculose, se bem que ela não almoça com a dama das camélias nem toma chá com Chopin.
A BP para cuidar dos pulmões fuma cigarros antibióticos.
A BP é tão filósofa que a gente de seu país a recebe de costas, salvo os contorcionistas.
A BP, ao contemplar as formigas, tão matinais e diligentes, se recorda com nostalgia das de seu país, que acordam às 11 horas, mas atrasadas.
A BP é um monge trapista loquaz do silêncio falado, longe de Wittgenstein (µº & º {º}).A BP, em seu país, teria sido um bufão como os outros; no exílio, ela é rainha sem bufões mas com deuses dançarinos.
Se Freud tivesse conhecido a BP ele nos teria poupado o divã.
A BP sonha correr com as estrelas nas estrelas.
A BP deu à luz gêmeos num tricíclo.
A BP, que não crê na gravitação, se esborrachou.
A BP não traz nenhuma mensagem.
Ela deixa esta tarefa subalterna às outras bicicletas e aos servidores.
A BP espalha suas benfeitorias graças ao cocô de cavalo que ela defeca.
A BP não monta mais rápido nem com duas rodas a mais.
A BP lésbica chama atenção, mas não a azul.
A BP faz bem de não ter filhos. Ela os esqueceria sobre o guidão quando precisasse correr na Atlântida.
Malditos eutanasistas! A velha BP teme que o mecânico não venha consertá-la, mas enviá-la à caça.
Se a BP não existisse ela não seria menos admirada por seu "pedalador".
A BP, graças à sua reputação anti-nacionalista sem fronteiras, evita fingir patriotismo aquém de suas fronteiras.
Quando a BP se exilou, muitas pessoas e coisas morreram. Meio século depois, começamos a enterrá-las.
A BP tem uma tal consciência revolucionária que ela não sabe se deve fazer greve de fome ou de caviar.
A BP ciumenta pode se casar com um triciclo fiel. Mas sem emoção.
A BP faz desenhos pornôs em braile com legendas em volapük para velocípedes cegos.
A BP organizou um congresso sobre a memória. Convidada de honra: a bicicleta-em-pânico.
(Fernando Arrabal - Tradução de Arnaldo Block)
terça-feira, 3 de novembro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
homenagem aos quarentões nostálgicos
continuo com meus bolachões e seus bsides
nada de câmeras digitais ao gosto do freguês
curto mesmo películas e meus slides
fora projeções pirotécnicas multimídias
quero estampar transparências na parede
fodam-se blogs e-books portais de notícias
quero livros e jornais sem pensar em rede
fotoshops maquiagens
putas engrenagens
devolvam estrias e celulites
orkuts facebooks
escrotas egotrips
e-mails bye bye
quero escrever cartas
e receber cartões postais
by cláudio bettega, em 07/08.10.2009
do meu amigo fabiano
de fino trato.
e defino o trato:
o trato é o teatro!
e o teatro é o ator!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Nossa Sra. da Luz dos Pinhais

hoje é dia da tua padroeira,
por isso tenho que encontrar a melhor
maneira
de te dizer umas verdades:
bem...
Te amo, sua filha da puta!
Tu és a sereia do meu
sangue...
Não é porque vegetas anêmica sem um mar
ou sem um mangue
que vou deixar
de te achar
toda beat!!!
Em ti é que jorra minha
egotrip, em ti
é que, lúcido ou
alienado,
desfilo meus passos
cheios de estilo.
São teus os
mamilos do meu
desvirginamento
a cada idéia ou cada
tormento.
“Impávida colossa”
ou perdidinha provinciana, me
ensinas que um ser é
ser e nada em
qualquer parada,
mesmo que essa parada seja
tu, sua puta
degenerada.
Sim, és uma puta, uma vadia,
que se dá toda aos endinheirados e deixas
os pobres na mão.
Puta desgraçada... eu te quero e te tenho
porque tenho algum tostão! Assim,
posso te frequentar
escolas e bares ou
museus e solares, e tu
te abres toda,
regozija-se e diz
“me foda”.
Sou um ser e sou um
nada,
mas em ti
minha parada
tem sido bem digesta,
imagine, posso até
fazer festa...
Curitiba, Curitiba...
o que queres hoje
do teu poeta?
Queres um agrado, queres
meu falo que sempre
te penetra?
Ahhh... Sua puta...
Me deixas louco com tua beleza,
fico-me sentindo uma
realeza
a cada passo que dou no
teu solo-Império...
Ah, louca,
ainda hei de descortinar teu
maior mistério...
não me contas qual é,
guarda-o em segredo...
Guria pedante, metida a
moderna...
Cidade modelo e manequim,
cheia de lambrequim...
Mas em alguns momentos,
acho-te uma baderna...
Querida, chega de papo que
hoje é dia de festejo.
Tem gente na catedral,
tem quem faça arraial...
E olha, não vou falar de pinhão,
por favor não peças isso...
sou poeta maldito,
o que vou dizer na minha tribo
se algum acadêmico decrépito
vier me comparar ao tal Emiliano?
Não, por favor...
Desses que hoje
moram em
outro plano, fico com o
Paulo:
“Conheço esta cidade
como a palma da minha pica.
Sei onde o palácio,
sei onde a fonte fica...”
Vai, sua puta,
vai me achar na esquina
pra entender
o quê te/me significa!
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
repostagem urgente.
by bettega, uma noite aí...
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
me mantém
as emoções contidas
quero voltar
a compor versos insalubres
quero o molho apimentado do verso esticado
derramar este inconsciente que se faz presente
nessa nobre canetada
em qualquer próxima rodada
meus olhos se perdem em nuvens de suor/ vapor de calor
não quero repetir a dose da cerveja cara
quero o melhor porre – a poesia rara
a mente em virtude e compasso produtivo
sem nunca julgar o desvario proibido
by bettega, um dia aí...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Texto da querida amiga Alice Springer
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Você está com alguma dor? De que tipo? Vamos, diga logo. Diga aonde dói. Não tem coragem? Não mesmo? Pois o pessoal da Súbita Companhia de Teatro tem. E muita coragem, por sinal. Se a dor é só física, eles demonstram. Se é emocional, eles confessam. Seja uma dor repentina ou cotidiana... Em interpretações fortes em momentos intensos e líricos, com textos de criação coletiva durante o processo de montagem da peça, os vários tipos de dor, enfim, são abordados. Os corpos dos atores flutuam em planos altos, médios e baixos, em expressões que chegam até a driblar obstáculos. Tudo pra dizer aquilo que nós todos sentimos e muitos não tem coragem pra externar. Se dói, vou ao shopping, tomo remédios, grito, lamento, suspiro, choro, corro, danço... Porque dói mesmo estar conectado com tudo, o tempo todo. Porque dói viver.
A montagem marcou presença na temporada do Pé no Palco, ano passado, e no Festival de Curitiba , neste ano. Teve tanto gás que foi exibida mais uma vez, até ontem, no Espaço Dois. Só pude ver no sábado. E é ótimo poder ver pessoas queridas ganhando a cena teatral, com talento e muita, muita arte. E já espero nova temporada, pra ver de novo e chorar junto com a coragem de artistas de mostrarem o que muitos querem esconder. Esta, aliás, é uma das muitas funções do teatro.
Diga aonde dói – Súbita Companhia de Teatro
Direção:Maíra Lour
Produção: Daniel Kleiber
Atuação:Sol Faganello
Janaína Matter
Juliana Adur
Alexandre Zampier
Otávio Linhares