Com um olho na filosofia e outro no fazer poético, o livro fala da vida. Com ritmo, oralidade e a bossa de humor que o autor possui. Ah, este livro vem com a assinatura de Saboro Nossuco, mais um alter ego de Thadeu.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Thadeu no Beto Batata
Com um olho na filosofia e outro no fazer poético, o livro fala da vida. Com ritmo, oralidade e a bossa de humor que o autor possui. Ah, este livro vem com a assinatura de Saboro Nossuco, mais um alter ego de Thadeu.
terça-feira, 26 de maio de 2009
polaco da barreirinha, e há uma letra do alexandre frança que fala sobre curitiba, suicidios... coincidência da chegada do frio?
minha gripe não é espanhola
não é suína
é suicida
minha gripe é urbana modelo
sonora
minha gripe é curitiba
cheia de movimento
por fora bela viola
por dentro pão bolorento
gélida cinza-escura imatura
desdenha dos poemas que lhe faço
me joga pra longe do meu passo
fere do coração o meu compasso
estica puxa arrebenta meu laço
trucida tritura minha maneira
de injetar seu sumo na veia
desliga meus neurônios na próxima esquina
buzina na periferia a chacina
esgarça a pútrida doutrina
vomitando em algum banho de piscina
a bebida dos bares da rotina
filha da puta desgraçada
te sinto tão deslocada
perdida esquecida mero arrabalde
fora dos eixos de tua voz sumida
poço de fel
toda batel
burra babel
que despreza este poema
no papel
conjugas o verbo do mel
mas chafurdas no esgoto sem céu
priorizas a aparência do véu
e destróis a colheita do amor
que te dedico cheio de torpor
mesmo assim não te esqueço
não sei se me mereces
ou se eu desolado te mereço
mas a ti sempre dirijo minhas preces
suportando tua autofagia
tentando alegrar tua pálida alegria
inventando inventar alguma poesia
escarrando no largo nossa azia
perseguindo na vida uma alforria
em 22/26.05.2009, by cláudio bettega
quinta-feira, 21 de maio de 2009
d(i)(e)str(a)(u)ído, arremedo um verso desafinado para afinar minha loucura, faço brotar um orgasmo de uma visão tosca, inverto minha nota e pereço na frequência ignota. Meus olhos te procuram na primeira manhã fria de um verão escaldante, o horário do meu relógio se mantém uma hora atrás, fascínio e doçura no teu corpo escultura, tesão no meu ser e sentimento de se perder. No brilho da gota uma pálida oração, no encanto dos olhos uma ofuscada dimensão. Os sonhos se perderam quando amanheceu a realidade, a realidade é um sonho quando não se atinge a maturidade, um poema pra você meu querido amor irreal, mesmo que essa lamúria pareça meio sem sal.
by cláudio bettega, em 01.10.2004
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Ideologia
Ideologia
também quero
(pra) viver
quero ter
descobrir
conhecer
nada de bobagens
no papel
quero discursos longos
pra te esquecer
dizer tudo
pra amortecer
o que vive
vou ouvindo
ele canta
ele diz
no Cd
soube dizer
de viva voz
voz viva
como a morte
que o levou
flor assassinada
by cláudio bettega, em 23.02.2003
terça-feira, 12 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Desoprimida
a última lágrima
criativa
que me escorre
em poema
Ativada
a vontade de perpetuar
o choro/banho
de poesia
Aqui está o
momento gravado
ao findar
do dia
Teu seio
flor doce
perfume macio
a provocar
o latejo
do meu tesão
Teu beijo
sabor perpétuo
a abrir
meus canais
de emoção
mar de
felicidade
respirar teu ar
por toda a
eternidade
rasguei a
garganta
com um grito de
paixão
meu peito se
agiganta
com seu toque de
tesão
minha vida se
encanta
com seu
beijo/imensidão
escutei tua voz
perdida
gemida
oprimida
quero te curar
qualquer ferida
quero te ter
quero te ser
quero tua
Vida
me dá uma
chance
que te envolvo
num delírio
de romance
anexei
um arquivo
no teu recinto
acessei
um site
com meu pinto
te devassei
com um vírus
de amor
bem limpo
te apedrejei
com meu pecado
quente visão
pintei um quadro
tintas fortes
sem recato
delírio fescenino
de menino
perdido em telas
e palavras
um pobre bardo
a escrever um poema
saído do seu
retardo
Cala o bico,
poeta!!
Tira esse teu
brinco e
te remete à realidade
aqui da vida!!
Teu verso é
nada,
teu eu é nada,
tua luta
é nada!!
Pára de verter
versos inúteis
porque a palavra
aqui no real
é puramente
produto comercial!!
Deixa de te achar
invento
porque tua existência
é fora do tempo!!
Deixa de inventar
brincadeiras porque
a realidade aqui
não é lúdica!!
Lúnático inútil,
carta fora do
baralho, ficas aí
pensando que és
artista ducaralho...
Pobre ser,
nada és,
daqui a pouco
nem tostão terás
para vestir
teus pés!!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
No palco acontece
tudo o que a gente merece.
A criação é nossa matéria prima,
a interpretação nossa ourivesaria precisa.
Um bando de doidos a tomar café à luz da lua
driblam os carros no meio da rua.
Bundas, pipocas, beijos,
pedreiros e seus anseios...
Um velho nostálgico bebendo à (a) sua dor,
o fogo alcalino emanando seu ardor...
A faca que rasga o desvio,
o portal que se abre esguio...
O ególatra que quer se estuprar,
a noiva que quer (se) amar,
o rapaz que quer se libertar,
a mãe que quer aconchegar...
A moça que quer (se) conhecer,
a alma que quer prever,
mesmo sabendo de todo seu saber...
Um vinho, uma uva, um toque,
uma mancha vermelha a externar nossa paixão,
nada é limite pra nossa pulsão,
nada reprime nossa combustão...
O guru querido que nos tira da fôrma,
o público amigo que nos conforta...
Carregamos a sina de todo ator
– compor nosso caminho com muito amor.
by Cláudio Bettega, em 28.04.2009