quinta-feira, 30 de agosto de 2007

um POETA
tem que ser
direto
não pode ficar
de treta
o negócio é ter
papo reto
falar de
cara limpa
e palavra inteira
a poesia/verdade
em cima
da pinta
mesmo que da
pior maneira


by cláudio bettega, em tempos idos

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Publiquei o post abaixo no blog antigo no dia 29 de junho de 2007, antes do movimento dos ricaços paulistas vir à baila.


Cansei. Há dias não leio a parte de política da Folha de S.Paulo nem da Gazeta do Povo, os dois jornais que assino. Minha coluna preferida de política deixou de ser a do Clóvis Rossi, agora é a do Zé Simão, aliás nosso melhor cronista político e social. O Jabor parei também de ouvir na CBN. É tanta coisa acontecendo, tantos escândalos, tanta sacanagem, que me esgotou o saco de acompanhar a política brasileira e até a mundial. Prefiro reler os diálogos de Platão, O Príncipe do Maquiavel, vários filósofos, romances, poesia, do que perder em torno de uma hora diária lendo sobre uma política que não tem arte, só mutreta (ou essa mutreta seria a verdadeira arte da política?). Nesta semana, me dediquei só a decorar o texto do curta metragem “Patrulha”, dos alunos de cinema digital do Centro Europeu, no qual farei uma participação. Semana que vem serão as gravações, e dia 08 tenho também uma apresentação teatral no Pé no Palco, na qual encenaremos esquetes que criamos no improviso. Prefiro a minha verdadeira arte. E os senadores corruptos que se fodam.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007






Recebi a homenagem abaixo do Fernando em segunda-feira, 5 de julho de 2004



Um AMIGO
O que direi é simples, porém, profundo!!! O motivo que me leva a escrever este post refere-se ao presente que ganhei e que é de extrema valia.


Numa palavra, poesia
Num gesto, abraço
Uma verdade, olhar
Num grito, protesto
Nas ruas, grandeza
No palco, entrega
Na poesia, profundidade
No geral, qualidades
Em minha vida, Meu amigo


Discorrer sobre uma pessoa, ou simplesmente pensar. Ver no olho a alma de um artista que tem no sangue o que o pulsa e o move, a arte. O que posso fazer é simplesmente agradecer a Deus por me proporcionar um grande amigo


Abraços Cláudio Henrique Franco Bettega
A imagem abaixo é de sábado último, 11.08.2007. Encontrei meu querido Fernando para discutirmos teatro, literatura, sociedade, vida. Deus também me presenteou com um grande amigo.
Vamos lá, Fela Duca!!


sexta-feira, 10 de agosto de 2007

descubro tua úmida gruta coberta de pêlos
mordo inebriado as bordas em relevo
minha língua penetra tua cavidade ácida
quero-te latejante a receber minha prática
agora preparo a arma principal
que direciono para o deleite total
monto sedento por sobre o triângulo
e berro o êxtase a cada estocada
meu véu abdominal roça a pele tenra
o tesão se faz louco, te deixa mais atirada
pedes mais e me engoles a orelha
me sugas a língua e me fortaleces o desejo
ofertamo-nos créditos para novo excitante ensejo

by cláudio bettega, em 09.08.2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Sobre heranças

O governo Lula em seu primeiro mandato começou decepcionando petistas históricos, pelas nomeações indevidas, pelo imobilismo travestido de marquetagem tipo fome zero, pelas expulsões dos chamados radicais que na verdade eram os autênticos petistas. Logo depois, Lula falava em espetáculo do crescimento e herança maldita. O espetáculo de pouco crescimento foi devido ao que Malan e FHC plantaram: estabilidade da moeda, equilíbrio fiscal, cenário favorável que sofreu desestabilizações apenas pelo risco PT. Foi preciso uma continuidade da política vigente, exercida até de modo exagerado, para que se visse que Lula não era risco. A herança nesse quesito foi mais que bendita, Lula colheu e discursou como se fosse obra dele. Mas o apagão aéreo de hoje mostra o quanto de falta de política de infra-estrutura o FHC deixou de aplicar. É claro que isso não absolve o imobilismo do atual governo. Pires demorou demais a cair, o presidente ainda se deslumbra com seu cargo e pouco governa. Mas o que Mantega falou, de que há mais pessoas viajando pela melhora da economia, não é cabotinismo. Faltou realmente uma política de infra-estrutura no pais, já víamos inclusive apagão elétrico anos atrás. O Brasil pouco cresce, e quando cresce esse pouco, não sabe crescer.