Fui novamente ver Beijo das Orquídeas, que já saiu de cartaz, mas, segundo projeto original, se transformará em filme em 2008. A peça é muito envolvente, com renovação de interesse constante. O texto metafórico das dramaturgas Priscylla Biasi e Virgínia Bosch é de um bom gosto incrível. Trata delicadamente de uma realidade dos anos 20 no Brasil, em que o preconceito e a ignorância querem esconder as verdadeiras mazelas do patriarcado nacional. O fazendeiro (Ibrahim Mansur) tem um filho fora do casamento (Ricardo Alberti, também cenógrafo), que é seu empregado na fazenda e gerado por uma empregada, seu outro filho é gay (Júnior Ventura e Ricardo Juchem), por isso odiado, e uma de suas filhas, aparentemente esquizofrênica (interpretada por Priscylla, que assina também a direção), é na verdade a sensibilidade em pessoa, tem visões espirituais e sofre abuso do noivo (Fábio Polak) da irmã (Andressa Bianchi) que a quer longe, internada em sanatórios. A esposa do fazendeiro (Kaká Hilgert) mantém um caso com o médico da família (Ithamar Kirshner). Completa ainda o elenco Débora Corrêa, que dá vida à empregada da sede da fazenda. A trama e suas nuances envolvem o espectador e o fazem pensar sobre a condição humana, por vezes podre, por vezes iluminada. A relação entre a história dos personagens e a flor Orquídea é um poema teatral muito bem costurado. Esperamos agora ansiosamente pelo filme.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Beijo das Orquídeas
Fui novamente ver Beijo das Orquídeas, que já saiu de cartaz, mas, segundo projeto original, se transformará em filme em 2008. A peça é muito envolvente, com renovação de interesse constante. O texto metafórico das dramaturgas Priscylla Biasi e Virgínia Bosch é de um bom gosto incrível. Trata delicadamente de uma realidade dos anos 20 no Brasil, em que o preconceito e a ignorância querem esconder as verdadeiras mazelas do patriarcado nacional. O fazendeiro (Ibrahim Mansur) tem um filho fora do casamento (Ricardo Alberti, também cenógrafo), que é seu empregado na fazenda e gerado por uma empregada, seu outro filho é gay (Júnior Ventura e Ricardo Juchem), por isso odiado, e uma de suas filhas, aparentemente esquizofrênica (interpretada por Priscylla, que assina também a direção), é na verdade a sensibilidade em pessoa, tem visões espirituais e sofre abuso do noivo (Fábio Polak) da irmã (Andressa Bianchi) que a quer longe, internada em sanatórios. A esposa do fazendeiro (Kaká Hilgert) mantém um caso com o médico da família (Ithamar Kirshner). Completa ainda o elenco Débora Corrêa, que dá vida à empregada da sede da fazenda. A trama e suas nuances envolvem o espectador e o fazem pensar sobre a condição humana, por vezes podre, por vezes iluminada. A relação entre a história dos personagens e a flor Orquídea é um poema teatral muito bem costurado. Esperamos agora ansiosamente pelo filme.
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4 comentários:
Muito obrigada por suas palavras, foi uma honra t�-lo na plat�ia. S� uma corre�o, quem faz a Isabel � a Kak� Hilgert e os dois atores que interpretam o Manoel s�o junior ventura e ricardo juchem
Beij�o, obrigada por tudo!
pois é, não tinha a exata certeza, mas já está corrigido.
Lindoooooooooo!!!!! Nossa, só consegui ver hj o comentário sobre a peça... amei... repetindo o q a Pri disse, q honra.... valeu mesmo
Bjuxxxxxxx
ola! me chamo ricardo bettega e achei seu espetaculos muito show!!!
valeu!
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