Dia desses, nas oficinas de texto com o mestre Ivan Justen Santana, ele leu um interessante ensaio que discute norma culta, norma inculta, falares certos e errados. Fiz, daí, esse poeminha, que ele corrigiu e deu formato final.
Como falar e escrever certo
num país de
analfabetos?
Norma culta para
alguns poucos,
norma das ruas e dos campos
para alguns vários,
com seus idiomas
precários
que pouco se
aproximam da língua
matriz lá de
Portugal...
Sendo assim,
haverá mesmo
o certo?
Haverá mesmo
analfabetos?
Qual o real
precário?
Se a língua se faz
no povo,
o certo mesmo
é que o Brasil
formulará sua
própria língua,
processo que
já começou
dentro desse
falar “precário” –
a não ser que a educação
se faça em braços tentaculares,
a começar, quem sabe,
pela televisão e seus viés
publicitário que, em
30 segundinhos,
pode prestar um
servição.
Enfim: aqui jaz um
poema deficitário de um
reles mane otário que busca
um tal de certo,
que pode ser o próprio
incerto.
terça-feira, 18 de maio de 2010
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Um comentário:
Bem vindo aa tribo "reles mane otario"! Quais os titulos do R Fonseca que nao tens? Mande para mallug@hotmail.com... beijos "malteados" da mallu
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