segunda-feira, 29 de março de 2010

parabéns curitiba

nos teus 317
meu maior desejo é
cortar o teu topete

quinta-feira, 25 de março de 2010

agora sim!

Agora quero e vou rimar no metro,
Ser poeta com vergonha na cara.
Fazer poesia num jeito esperto,
Porque a verve escolhe quem a declara.

Talvez meio impreciso no início,
Vou labutando minha lida ao vento
Que se tornou maravilhoso vício
Nesta vida cheia de sentimento.

Armo então meu canto metrificado
Nos deixando a esperar nova empreitada,
Talvez para a encontrar ali na esquina.

Dispara agora um beijo vosso bardo
E em alma um tanto desequilibrada
Vai lutando em busca de sua sina.
 
 
ando fazendo uma oficina de texto com o mestre Ivan Justen Santana, que me auxiliou na formatação final deste poema. sempre quis metrificar, e acho que agora deu certo. a se grifar que o primeiro verso da segunda estrofe foi deixado propositalmente com pé quebrado devido ao sentido do que foi dito. valeu Ivan!!!!
Me disparo
contra o anteparo
perfuro a
proteção do seu
mundo
sou seu agora
a cada novo
segundo
quero você minha
me aceitando
e me dando
carinho
bem de mansinho
lhe dou meu
beijo
e todo o meu
eu
assim como
a brisa da noite passada
nos prometeu



by cláudio bettega, em 12.10.2006

quarta-feira, 24 de março de 2010

bettega adultescente

Ei??!! Esses seus fios espessos a enferrujar barbeadores,
crinas de cavalo numa face despojada,
não seria preguiçosa angústia de uma vida despejada
da saudável rotina social sem nódoas e dores?


Mas, hein?, haverá mesmo tanta saúde
por aí espraiada se a matéria é o humano?
Um barbear perfeito não estará escondendo
conflitos vários?
Será que, mais que barbeadores precários,
não há corações aflitos e sufocados gritos?
Será que nossa sociedade não carece
de tutano?


As aparências são os piores arregimentadores
de uma legião que quer modernidade e salão
pra dançar seu corpo numa realidade sem visão.


Prefiro ficar aqui no meu canto,
destilando risada e pranto
num poetar perdido e sem amarras;


quero ser livre e solto,
preso apenas nos metros
de algum estilo,
cavocando felicidade e criando
meus grilos.

bettega brincando de camões

Embora com certo ritmo, não é um decassílabo perfeito. E contém rimas pobres.
Mas vamos treinando.



Agora quero e vou rimar no metro
ser poeta com vergonha na cara
fazer poesia num jeito esperto
porque a verve escolhe quem a declara.


Talvez meio impreciso no início
vou labutando minha lida ao vento
que se tornou maravilhoso vício
nesta vida cheia de sentimento.


Armo então meu canto metrificado
nos deixando a esperar nova empreitada,
talvez a encontrar ali na esquina.


Dispara agora um beijo vosso bardo
e em alma um tanto desequilibrada
vai lutando em busca de sua sina.

terça-feira, 23 de março de 2010

festival de curitiba

já assisti às peças música para ninar dinossauros, do bortolotto,e vida, da companhia brasileira de teatro. hoje vou ao guairão ver macbeth. espero que o tal ar condicionado esteja ligado. domingo vejo clarice, e ainda vou rastrear peças do fringe pra ver.

quarta-feira, 17 de março de 2010

glauco

Jornais antigos
despencam em cascata
numa esquina do meu quarto
Notícias internéticas
se picham em minha tela
O Gibi do Glauco de ontem está aqui
em minha mão...
Meu inverno será sem bimbolover,
minha bronha sem a Sônia inflável,
nada de alegria, só mau humor estável...
Como disse meu amigo AlexPieske,
Glauco foi morto por um
Doy Jorge
Vomitem merda agora, advogados!,
porque a Folha está incompleta,
a vida está incompleta, minha adolescência lá atrás
está incompleta.

quinta-feira, 11 de março de 2010

esse calor me arde
quero uma bera gelada
hoje a tarde

cb
não quero esgotar o manancial quero espremer todo o potencial verter rica lavra em pedra especial cometer a arte em atitude visceral quero o lodo quero o ouro todo quero a vida quero o espírito o palco o salto a espuma o corpo em pluma quero o momento a todo momento quero o invento que invento quero a poesia o teatro em todo e qualquer ato




diluo o pensamento digito o movimento progressivo a busca do preciso e do impreciso a construção da desconstrução a edificação da quebra a alteração da regra o regramento da zona a percepção do coma o nascimento do milímetro obtuso do centímetro confuso do metro perfeito do kilometro refeito andanças e danças do corpo teatral meu canal atual poesia e magia


bettega

terça-feira, 9 de março de 2010

acordar para a
realidade
não é meu forte
meu único
suporte
é a poesia
que não me deixa
a vida
vazia
pensar nos problemas
é freqüente
mas resolvê-los
seria luta
inclemente
fico então aqui
nessa letargia
agonia
tentando entender
por que tenho de
sofrer


by cláudio bettega, em 13.10.2006

segunda-feira, 8 de março de 2010

Verdades da minha amiga FRAN LIPINSKI

Porque, quando dois e um forem quatro, tudo desaba.

Verdades não passam de mentiras de pernas longas

- ajustadas em fuso-horário, onde e por que,

no quando-enquanto de uma dimensão sem paralelos.

Verdades pisam em terrenos obscuros

- com chama própria, única e trêmula,

com medo do vento, da água e do chão

Verdades brincam com bonecos na infância. Crescem.

Verdades figuram de independentes, absolutas, nobres.

Verdades alteram-se.

Verdades são conservadoras, no mais incondicional sigilo.

Verdades então brincam com as cercas de uma realidade ilimitada.

Verdades têm muitas mãos e bocas

- não escrevem... nem gritam.

Verdades transfiguram verdades, em eterna disputa.

Verdades atuam no teatro como marionetes,

fazem da vida o seu grande palco, seu estrelato.