quinta-feira, 26 de agosto de 2010

by me, um dia aí...

Crio um atalho, um desvio da sorte,
navego em mar brando e
exprimo o desgosto
em relação ao homem torpe,
à fuligem,
ao mau gosto.

Minha vida é meu pão, meu lugar, meu posto.
Ninguém pode me tirar
do meu cafofo
e depois debitar
da minha conta o imposto.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

a gosma voltou,...

... a morbidez não acaba...


cansei de estar
tão aflito,
perdido,
imerso em
conflito

só quero um rumo
certo,
um abrigo,
um cafezinho
esperto

me dói
essa gosma densa
que me encobre,
me inunda,
me varre

minha cruz é
tão imensa,
sobreviver é mero detalhe



by cláudio bettega, em 06.08.2001
ver você
e não mais saber
do que me faz
andar pra
trás

sentir você
e conhecer
o prazer extremo
do extremo
querer

amar você
e ir além
do real comum
ficar bem
zen

fundir-me a você
sem me confundir
deixar apenas
todo o sangue
fluir



by cláudio bettega, em 11.12.2007

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

estarei na tela como porpeta no...

...filme "3 notas para uma bossa"
http://qfilmes.files.wordpress.com/2010/08/tela-tv-final.gif,

com Max Olsen e outros atores. e as fotos do Max são muito legais.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

inspiram-me teus olhos
dão-me força
para prosseguir
na aventura
de tentar
tento e tanto tento
que um dia
há de chegar
toda a alegria
sinfonia
harmonia
cantoria
espero pela vida inteira
e mais um pouco
tento e tanto tento
feito um louco
que um dia
há de chegar
todo o amor
fulgor
calor
vai-se o tremor
vão-se as chagas
pragas
a vida, sorrateira
irá se projetar
e dominar
o som
a cor
o bar
o sabor
o lar
o licor
e o olhar
que vem de ti
e faz-me amar


by cláudio bettega, em 04.08.2000

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Estou com uma pança
meio sancho, preso numa
dança meio
mambo,
vendo uns fantasmas
meio moínhos,
conversando com
almas meio
daninhas, querendo
alisar meus pêlos
com a escovinha
da poesia dos meus
pergaminhos.




by cláudio bettega, em 13.08.2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Um mono-motor
ronca
rasga o céu
(noite)
cheio de estrelas
cerejas prateadas
num bolão de chocolate

Lua
decoração cheia
reflete o sol
fogo sagrado
o avião ronca
tatuado pela luz
procurando sua rota

São Jorge
cavalga o dragão
atormentado
pelo ronco
barulho inconveniente
avião mono-motor
meio perdido
poluindo o bolo
parabéns pra você

Dragão assustado
vomita seu fogo
alimentado pelo sol
queima o avião
botão ejetor
piloto de pára-quedas

Lua cheia
luz no céu
creme de leite
no bolo de cerejas
prateadas

Piloto voando
sujo de chocolate
rouba algumas
estrelas/cerejas
para o seu
amor


by clãudio bettega, em 31.03.2002

amante pedantinho, hein?

expresso-me
tal um poeta
penetra
de almas claras
ou escuras
como a tua
te perscruto
na cara dura
escuto
teu não
tua procura
por mim
sei que queres
um alento
um abrigo
um amigo
te consolo
do meu modo
te dou um poema
emblema
da nossa
felicidade
te faço limpa
alma clara
com meu amor
te tiro a dor
o medo
te encho a cara
de beijos
realizo
nossos desejos
conquisto a noite
a lua
a rua
te levo ao oriente
do inconsciente
publico um livro
de poesia
que conte a história
da nossa vida
e depois
para sempre
perpetuo nossa luz
em semente


by cláudio bettega, em 15.02.2002

abri o baú

Estes teu olhos tão claros
iluminam minha noite
irradiam tua beleza
me fazem crer que a natureza
sabe ser perfeita, harmoniosa
criando formas encantadas
que aquecem frias madrugadas.
Tão linda é tua face,
tão belo teu conjunto
(íntimo, alma, cérebro impoluto),
que espero sempre tua vida
ser um vale abençoado
cheio de felicidade
e que teu coração
pulse eternamente apaixonado.


by cláudio bettega, em 12.10.2001

terça-feira, 3 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Sopra agora neste meu agosto
um vento de águas de março
que fecham o verão do meu passado
em desgosto.
Jogo no teu peito pipocas de
panela que você come vendo
a sessão da tarde em versão brasileira
herbert hitchers.
O caldo da cultura pop se mistura
a um perdão satírico que te peço
por não te engrandecer como deveria.
A alma penada do meu eu
continua seu périplo banhada
em anestesia.
O baque o susto o salto o palco a pena
apenas singrando a tela em teclas.
A busca o fato o ato o vero
numa percepção
cáustica da mórbida figura.
A vida o ser a angústia a mácula da realidade
que se me transfigura.


by cláudio bettega, em 01.08.2010