SEGUNDA INTERVENÇÃO POÉTICO-TEATRAL
DA ESCOLA DE TEATRO
PÉ NO PALCO
Sábado, 28/02, às 11 horas, na Boca Maldita, em Curitiba,
"bAlAdA dO silÊnCiO"
Assista, curta, intervenha.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
como pelas beiras
o alimento da
minha poesia
das minhas veias
escorre
sangue negro e
gelado
sou apenas
um perdido
um alienado
nutro o amor
bandido
pelo mundo
letrado
mas sou mais um
poeta
sem talento
pouco sei
inventar
aqui nesse meu
movimento
acho melhor largar
a caneta
fechar o caderno
e me esconder
em algum
inferno
by cláudio bettega, em 17.07.2005
o alimento da
minha poesia
das minhas veias
escorre
sangue negro e
gelado
sou apenas
um perdido
um alienado
nutro o amor
bandido
pelo mundo
letrado
mas sou mais um
poeta
sem talento
pouco sei
inventar
aqui nesse meu
movimento
acho melhor largar
a caneta
fechar o caderno
e me esconder
em algum
inferno
by cláudio bettega, em 17.07.2005
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Vê se pode!!
Num dia da minha eterna adolescência tardia, acho que lá pelo ano 2000, escrevi o texto abaixo pensando que seria o manifesto oficial do lançamento da minha poesia, ou sei lá mais do quê. Putz...
MANIFESTO POÉTICO-POLÍTICO
(Peça de protesto político, argumentação cultural e divulgação de poemas de Cláudio Bettega)
Sem se deixar questionar por nenhuma forma de coerção externa nem aderir a qualquer ideologia mal configurada, deletando os regimes de poder ultrapassados e oferecendo uma coagulação (in)formativa que almeja - sem fronteiras e sem medos e sem achaques - detonar a velha asneira encrustrada no vocabulário dos poucos incultos que dominam Brasílias e afins eu, Cláudio Henrique Franco Bettega lanço, através deste petardo literário - digitado nas teclas mágicas que dão acesso à tecnologia - meu manifesto poético-político, elaborando todo o pensamento supracitado e mais, muito mais idéias e ideais - através de rimas e sinas, versos emersos, passos e compassos, espelhos e pentelhos, sóis e alcoóis, amores e sabores, gatos e sapatos, et ceteras e coisas e tais, com o qual pretendo, também, divulgar toda a minha poesia emocional-visceral, arrancada do âmago de sofrimentos fecundos e articulações vocabulares formadas numa luta cerebral intensa que opõe resquícios de parcas leituras interessantes a outros de cultura televisiva desvirtuante, tendo como tempero (para o bem ou para o mal) uma passagem meio inútil em curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda.
E, já de cara, confesso o meu desgosto de, humano, estar submetido à condição de ser cagante, pero revelo também todo o meu orgulho de ser um ser cantante-dançante-falante-ouvinte-assistente-lente-pensante-writeante-amante-copulante-churrasqueante. Mais: revelo a minha imensa alegria de ter-me descoberto fazedor de poemas aos vinte e dois anos e, hoje, estar aqui, transmitindo sentimentos.
É, pois, na função de poeta que perpetro este manifesto, que de modo algum pode falhar e perder sua toada libertária em meio aos pedregulhos que nos lançam pelos caminhos descarados da injúria nacional, óh pobre da nossa nação desgovernada e apodrecida, aboletada que está nas mãos da eterna elite calhorda que nos oprime. Se jogam com o descalábro dia após dia, se entorpecem a opinião geral com seus coquetéis despudorados de futilidades e vacuidades culturais, respondamos com nossa história, respondamos com nossa poesia, respondamos com nossa vida, respondamos com nossa cultura, respondamos com nossa sabedoria, respondamos com nosso amor à pátria.
E se o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilha então no céu desta pátria perdida, em Curitiba as pombas da praça Santos Andrade fazem o revôo diário, anunciando o perímetro demarcatório do Paço Imperial, onde reina o presente manifestante que, em criança, já festava junto aos belos pássaros, e, hoje, os acompanha com seus pesados passos a acarinhar os solos dos calçadões da capital de todos os paranaenses.
Capital esta na qual se pensa que a cultura se resume ao diploma universitário. Não, amigos, não; folgo em dizer-vos que a cultura vai além. Ela está no desabrochar dos cérebros para a diversa leitura da vida e das artes e para o diverso mundo do laborar artístico, ou pode estar também no prazer de sentir o vento frio de julho e assistir às pombas empreendendo o revôo coreográfico de uma nova esperança urbana por entre belas araucárias. E ainda por entre os Ipês floridos, quando primavera, da praça Tiradentes, revoando atrás de restos de pipoca jogados pelo aposentado desvalido e mal pago por um sistema previdenciário injusto.
A cultura está também no orvalho da noite e na geada das frias manhãs; está, sim, nas bibliotecas, escolas e Universidades, nos exemplos dos professores e tarefas dos alunos, mas, principalmente, está na educação doméstica, nas atitudes e exemplos paternos e maternos. Está na maneira de observar o ser-humano, analisá-lo com sensibilidade, afagá-lo, tratá-lo bem. A cultura, queiramos ou não, está na mídia, seja nas peças jornalísticas ou publicitárias, seja nos programas de humor ou dramaturgia, seja na bola (dá-lhe Coxa) ou em bundas rebolantes - sendo este um de seus símbolos deletérios, por causar vários constrangimentos (morais etc.).
Quando “cultura” deixa de ser apenas o saber pedante e assume um espectro mais abrangente que o termo propõe, ela está também no brotar das manifestações artísticas, sociais e políticas populares. A cultura é Fandango, é Congada, é Frevo, é Bumba-meu-Boi, é Carnaval e é Samba ole-lê! A cultura é massa, é o povo na praça, é BRASIL!!!!!!!!!!!
Por tudo isso, cultura é in, é out, é fashion e outsider, pertence ao mainstream e ao underground; é misturar termos, línguas e linguagens, é desfilar novos conceitos e chutar os preconceitos, é desviar-se das normas e instituir novas formas. Cultura, enfim, é saber e é poder.
E por que tanto esfolo meus dedos para escrever este manifesto (amado, odiado ou desprezado?) sobre cultura, saber, poder, foder, amar, liberar o verbo e transgredir o eterno??? Ora ora ora, pelo simples e óbvio motivo de que só tiraremos nosso país do caos errante e dissonante quando distribuirmos cultura ( Saber!!! ) ao nosso povo, seja via bibliotecas, escolas, televisões, jornais, revistas ou pobres manifestos isolados. Porque, de manifesto em manifesto, podemos formar uma massa compacta de palavras que serão injetadas nos cérebros de nossa gente para serem tragadas e analisadas. Palavras, sejam elas também e principalmente semeadas através de poemas, romances, contos, fanzines, textos internéticos ou até bulas de remédio – remédio contra a falta de palavras!!!!!
E termino este manifesto metido a “pop-cult-pós-globalworld” recomendando a todos a leitura dos meus maravilhosos poemas, retirados a picareta do centro da minha lavra, vomitados qual lava do fundo das minhas vísceras, ou gerados de acordo com o clichê que o nobre leitor preferir. Espero, sem mais para o presente, serem este manifesto e este conjunto de poemas os primeiros de muitos.
TOMEM!! A POÉTICA NÃO É MAIS SÓ MINHA!
Cláudio Bettega
MANIFESTO POÉTICO-POLÍTICO
(Peça de protesto político, argumentação cultural e divulgação de poemas de Cláudio Bettega)
Sem se deixar questionar por nenhuma forma de coerção externa nem aderir a qualquer ideologia mal configurada, deletando os regimes de poder ultrapassados e oferecendo uma coagulação (in)formativa que almeja - sem fronteiras e sem medos e sem achaques - detonar a velha asneira encrustrada no vocabulário dos poucos incultos que dominam Brasílias e afins eu, Cláudio Henrique Franco Bettega lanço, através deste petardo literário - digitado nas teclas mágicas que dão acesso à tecnologia - meu manifesto poético-político, elaborando todo o pensamento supracitado e mais, muito mais idéias e ideais - através de rimas e sinas, versos emersos, passos e compassos, espelhos e pentelhos, sóis e alcoóis, amores e sabores, gatos e sapatos, et ceteras e coisas e tais, com o qual pretendo, também, divulgar toda a minha poesia emocional-visceral, arrancada do âmago de sofrimentos fecundos e articulações vocabulares formadas numa luta cerebral intensa que opõe resquícios de parcas leituras interessantes a outros de cultura televisiva desvirtuante, tendo como tempero (para o bem ou para o mal) uma passagem meio inútil em curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda.
E, já de cara, confesso o meu desgosto de, humano, estar submetido à condição de ser cagante, pero revelo também todo o meu orgulho de ser um ser cantante-dançante-falante-ouvinte-assistente-lente-pensante-writeante-amante-copulante-churrasqueante. Mais: revelo a minha imensa alegria de ter-me descoberto fazedor de poemas aos vinte e dois anos e, hoje, estar aqui, transmitindo sentimentos.
É, pois, na função de poeta que perpetro este manifesto, que de modo algum pode falhar e perder sua toada libertária em meio aos pedregulhos que nos lançam pelos caminhos descarados da injúria nacional, óh pobre da nossa nação desgovernada e apodrecida, aboletada que está nas mãos da eterna elite calhorda que nos oprime. Se jogam com o descalábro dia após dia, se entorpecem a opinião geral com seus coquetéis despudorados de futilidades e vacuidades culturais, respondamos com nossa história, respondamos com nossa poesia, respondamos com nossa vida, respondamos com nossa cultura, respondamos com nossa sabedoria, respondamos com nosso amor à pátria.
E se o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilha então no céu desta pátria perdida, em Curitiba as pombas da praça Santos Andrade fazem o revôo diário, anunciando o perímetro demarcatório do Paço Imperial, onde reina o presente manifestante que, em criança, já festava junto aos belos pássaros, e, hoje, os acompanha com seus pesados passos a acarinhar os solos dos calçadões da capital de todos os paranaenses.
Capital esta na qual se pensa que a cultura se resume ao diploma universitário. Não, amigos, não; folgo em dizer-vos que a cultura vai além. Ela está no desabrochar dos cérebros para a diversa leitura da vida e das artes e para o diverso mundo do laborar artístico, ou pode estar também no prazer de sentir o vento frio de julho e assistir às pombas empreendendo o revôo coreográfico de uma nova esperança urbana por entre belas araucárias. E ainda por entre os Ipês floridos, quando primavera, da praça Tiradentes, revoando atrás de restos de pipoca jogados pelo aposentado desvalido e mal pago por um sistema previdenciário injusto.
A cultura está também no orvalho da noite e na geada das frias manhãs; está, sim, nas bibliotecas, escolas e Universidades, nos exemplos dos professores e tarefas dos alunos, mas, principalmente, está na educação doméstica, nas atitudes e exemplos paternos e maternos. Está na maneira de observar o ser-humano, analisá-lo com sensibilidade, afagá-lo, tratá-lo bem. A cultura, queiramos ou não, está na mídia, seja nas peças jornalísticas ou publicitárias, seja nos programas de humor ou dramaturgia, seja na bola (dá-lhe Coxa) ou em bundas rebolantes - sendo este um de seus símbolos deletérios, por causar vários constrangimentos (morais etc.).
Quando “cultura” deixa de ser apenas o saber pedante e assume um espectro mais abrangente que o termo propõe, ela está também no brotar das manifestações artísticas, sociais e políticas populares. A cultura é Fandango, é Congada, é Frevo, é Bumba-meu-Boi, é Carnaval e é Samba ole-lê! A cultura é massa, é o povo na praça, é BRASIL!!!!!!!!!!!
Por tudo isso, cultura é in, é out, é fashion e outsider, pertence ao mainstream e ao underground; é misturar termos, línguas e linguagens, é desfilar novos conceitos e chutar os preconceitos, é desviar-se das normas e instituir novas formas. Cultura, enfim, é saber e é poder.
E por que tanto esfolo meus dedos para escrever este manifesto (amado, odiado ou desprezado?) sobre cultura, saber, poder, foder, amar, liberar o verbo e transgredir o eterno??? Ora ora ora, pelo simples e óbvio motivo de que só tiraremos nosso país do caos errante e dissonante quando distribuirmos cultura ( Saber!!! ) ao nosso povo, seja via bibliotecas, escolas, televisões, jornais, revistas ou pobres manifestos isolados. Porque, de manifesto em manifesto, podemos formar uma massa compacta de palavras que serão injetadas nos cérebros de nossa gente para serem tragadas e analisadas. Palavras, sejam elas também e principalmente semeadas através de poemas, romances, contos, fanzines, textos internéticos ou até bulas de remédio – remédio contra a falta de palavras!!!!!
E termino este manifesto metido a “pop-cult-pós-globalworld” recomendando a todos a leitura dos meus maravilhosos poemas, retirados a picareta do centro da minha lavra, vomitados qual lava do fundo das minhas vísceras, ou gerados de acordo com o clichê que o nobre leitor preferir. Espero, sem mais para o presente, serem este manifesto e este conjunto de poemas os primeiros de muitos.
TOMEM!! A POÉTICA NÃO É MAIS SÓ MINHA!
Cláudio Bettega
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
ESQUENTANDO PARA O FRINGE
“Por Trás Todo Mundo é Igual - 2009”
Os mitos greco-romanos e suas histórias permeiam há muito o imaginário do ser humano. Até mesmo Sigmund Freud utilizou-se de alguns deles para nominar em seus estudos determinados comportamentos de nossa mente. Pensando nisto, o grupo de teatro TODOMUNDONU trouxe alguns desses mitos para o Pé no Palco durante a temporada 2008 da escola, com a direção e supervisão de Alexandre Bonin, e foi uma das peças mais aplaudidas, com lotação máxima em todos os espetáculos (20 pessoas por apresentação). Foram destacados dez mitos de acordo com a criatividade dos atores, que tiveram liberdade para formularem suas cenas. O objetivo foi redimensionar a característica do mito para a existência contemporânea e diária do homem – cada ator pesquisou ao extremo seu mito, tentando avaliar como seria de fato uma figura mítica se comportando como um ser “normal”.Agora a o grupo parte para a mostra Fringe do Festival de Curitiba – 2009, carregando na bagagem a experiência de quem já tem três anos de vida e quase todos os seus integrantes profissionalizados, tendo também, inclusive, participado do festival em 2008 com montagem baseada na obra de João Gilberto Noll.
“O TEATRO É MEU PASTOR, A ARTE NÃO ME FALTARÁ”
cláudio bettega
"A única razão para o sucesso da vida na Terra é sua maleabilidade, ou seja, a sua capacidade inerente de se redefinir. Reinventar é uma necessidade humana e está diretamente ligada com a preservação da espécie. Reinventar o mundo através do teatro nos livra da mesmice, da padronização, do mundo estagnado. A vida é essencialmente resultado da criatividade anárquica com o desejo de harmonia."
fátima ortiz
"nEm A lOuCuRa Do AmOr / Da MaCoNhA dO pÓ / dO tAbAcO e Do ÁlCoOl / VaLe A lOuCuRa Do AtOr / QuAnDo AbRe-Se Em FlOr / SoB aS lUzEs Do PaLcO"
caetano veloso
Os mitos greco-romanos e suas histórias permeiam há muito o imaginário do ser humano. Até mesmo Sigmund Freud utilizou-se de alguns deles para nominar em seus estudos determinados comportamentos de nossa mente. Pensando nisto, o grupo de teatro TODOMUNDONU trouxe alguns desses mitos para o Pé no Palco durante a temporada 2008 da escola, com a direção e supervisão de Alexandre Bonin, e foi uma das peças mais aplaudidas, com lotação máxima em todos os espetáculos (20 pessoas por apresentação). Foram destacados dez mitos de acordo com a criatividade dos atores, que tiveram liberdade para formularem suas cenas. O objetivo foi redimensionar a característica do mito para a existência contemporânea e diária do homem – cada ator pesquisou ao extremo seu mito, tentando avaliar como seria de fato uma figura mítica se comportando como um ser “normal”.Agora a o grupo parte para a mostra Fringe do Festival de Curitiba – 2009, carregando na bagagem a experiência de quem já tem três anos de vida e quase todos os seus integrantes profissionalizados, tendo também, inclusive, participado do festival em 2008 com montagem baseada na obra de João Gilberto Noll.
“O TEATRO É MEU PASTOR, A ARTE NÃO ME FALTARÁ”
cláudio bettega
"A única razão para o sucesso da vida na Terra é sua maleabilidade, ou seja, a sua capacidade inerente de se redefinir. Reinventar é uma necessidade humana e está diretamente ligada com a preservação da espécie. Reinventar o mundo através do teatro nos livra da mesmice, da padronização, do mundo estagnado. A vida é essencialmente resultado da criatividade anárquica com o desejo de harmonia."
fátima ortiz
"nEm A lOuCuRa Do AmOr / Da MaCoNhA dO pÓ / dO tAbAcO e Do ÁlCoOl / VaLe A lOuCuRa Do AtOr / QuAnDo AbRe-Se Em FlOr / SoB aS lUzEs Do PaLcO"
caetano veloso
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
quero gritar a
plenos pulmões
voz
coração
a poesia da minha
razão ou da
emoção
quero respirar o
ar
da alegria
da maestria
até
da simetria
quero a claridade
a caridade
quero um amor
saboroso
um prazer
mais que
gostoso
quero ser
eu mesmo
mesmo que
perdido
quero o
mel
esquecido
o saber
proibido
quero o sentimento
soberano
quero ser
humano
by cláudio bettega, em 19/20.01.2007
plenos pulmões
voz
coração
a poesia da minha
razão ou da
emoção
quero respirar o
ar
da alegria
da maestria
até
da simetria
quero a claridade
a caridade
quero um amor
saboroso
um prazer
mais que
gostoso
quero ser
eu mesmo
mesmo que
perdido
quero o
mel
esquecido
o saber
proibido
quero o sentimento
soberano
quero ser
humano
by cláudio bettega, em 19/20.01.2007
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