terça-feira, 26 de agosto de 2008



A última neblina da manhã
se apaga
com o sol da realidade
que me esmaga.
Colho uma rosa
esperança rubra
que não paga
nenhum gole cínico
nenhum movimento mórbido.
Zanzeio pelas pragas
órbitas
paragens
e súbito vejo
que novamente anoitece
– rua iluminada
pela lua
que me padece.
Administro novas chagas
num sonho coalhado
de frias
imagens.



by cláudio bettega, em 21.22.26/08/2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poema da amiga Lívia Moura




CRÔNICA POÉTICA

Sabe quando dói no peito e
não tem jeito de suportar?!
É essa a falta que você me faz.
Pois fiquemos nos nossos
encontros de alma, para que,
quando nos vermos seja
completa a dualidade...
E toda essa saudade que
aflige, só ela permite
o poeta falar.
Eu quero corpo e alma.
No corpo, a paixão impera.
Na alma o amor vive...
Mesmo que indefinido,
já é forte...
É tudo o que eu sinto,
mas o que ainda
não tem nome.


segunda-feira, 4 de agosto de 2008



não sei o que mereço da vida
nem sei se a vida me merece

luto contra barreiras, preconceitos, sentimentos difusos
e quanto mais recorro à prece
mais me perco em devaneios confusos

a lama não me esquece
e nela tento achar meus parafusos


em 04.08.2008, by cláudio bettega